Força sindical diz que crise energética reduziu em 41% a oferta de emprego
Quinta, 31 de maio de 2001, 20h00
A atual crise energética brasileira, que a partir do dia 4 de junho terá um forte plano de racionamento decretado pelo governo, já reduziu em 41% as ofertas de emprego, informou nesta quinta-feira a Força Sindical. Segundo a entidade, seu Centro de Solidaridade com o Trabalhador contava com cerca de 7.500 ofertas de trabalho em abril e hoje conta com 4.400, apesar do racionamento não ter começado ainda.
"Outro reflexo do medo do apagão pode ser notado no número de emissões do seguro desemprego", que em abril foi solicitado por 6.535 trabalhadores, enquanto em maio chegou a 9.500.
Os setores que mais reduziram a oferta de emprego foram as pequenas empresas e o comércio, de acordo com o sindicato.
A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) havia indicado no meio deste mês que a crise iria reduzir pela metade as previsões sobre a criação de postos de trabalho para este ano, além de afetar os investimentos e a produção.
"O mínimo que esperamos em relação a crise energética sobre o emprego é que deixaremos de criar 13.000 postos de trabalho na indústria de São Paulo", declarou a diretora do departamento de Estudos Econômicos da Fiesp, Clarice Messer.