Crise de energia terá grande impacto sobre oferta agregada
Quinta, 31 de maio de 2001, 09h35
A diretoria do Banco Central ainda não consegue prever com precisão as conseqüências que a crise de energia elétrica terá sobre a economia brasileira. Mas está certa de uma coisa: ’os impactos sobre a oferta agregada serão severos, dada a magnitude e a duração inicialmente esperadas para a redução do consumo de energia elétrica’, segundo a ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária do BC, divulgada esta manhã.
Esse choque de oferta, isto é, uma demanda maior do que a capacidade de fornecimento, deve reduzir mais rapidamente a quantidade ofertada de bens e serviços do que a quantidade desejada, o que tende a resultar em pressão inflacionária e menor taxa de crescimento do PIB. Entretanto, em que medida isso acontecerá vai depender, por exemplo, da capacidade da economia de se adaptar ao racionamento por meio de substituição, autogeração e racionalização de uso.
O Copom acha provável que a demanda interna não caia na mesma proporção da oferta, o que levaria à necessidade de importar ou aumentar preços para atender ao mercado consumidor.
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