O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Tito Ryff, afirmou, há pouco, que o governo federal terá que realizar um plano de compensação aos estados que serão prejudicados com o racionamento de energia. Ele participa, neste momento, de um encontro promovido pela Comissão de Emprego do Estado do Rio, que discute o impacto do emprego no plano de racionamento do governo federal. O encontro está sendo realizado na Federação das Indústrias do Rio (Firjan).
De acordo com ele, a compensação deverá ser feita pelo cálculo de perdas de receita, de investimentos, principalmente do setor industrial, e pelo provável aumento do nível de desemprego.
"Os preceitos dessa crise têm que ser o comprometimento do governo federal para a compensação das perdas que iremos sentir", afirmou Ryff. O secretário cobrou ainda mais transparência do governo nas propostas que visam contornar a crise. "Até o momento nós só temos ouvido a respeito da necessidade de economia de energia, mas não estamos ouvindo nada sobre investimentos neste setor nem quando esta crise deverá ser sanada. O que eu vou dizer para uma empresa que queira investir no Rio, já que não sabemos quando a crise estará controlada?" .
Em relação a emprego, Ryff defendeu uma maior flexibilização nos recursos do fundo de amparo e um aumento nas parcelas do seguro-desemprego, caso o trabalhador seja dispensado por motivos de racionamento de energia. "O impacto vai ser grande. Tenho conhecimento de empresas que já cancelaram o terceiro turno para cancelar energia. O governo federal tem que fazer alguma coisa"
As propostas serão encaminhadas para o governo federal e, caso sejam atendidas, o Estado deverá mover ação judicial contra a União Além de Ryff, estão participando do encontro o secretário estadual de Trabalho, Jaime Cardoso, e o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Henrique Vilhena.