Sérgio Gwercman/Redação Terra
Falta de chuvas e, agora, falta de energia elétrica. Por estes motivos, a Sabesp admite que dificilmente terá como evitar a implantação do racionamento de água pelo menos em boa parte da Grande São Paulo, servido pelo sistema da Cantareira, responsável pelo abastecimento de quase oito milhões de pessoas. Uma das principais preocupações da Sabesp é com o racionamento de energia, que pode obrigá-la a desligar as bombas que fazem o abastecimento da cidade.
A companhia gasta 90% da eletricidade que consome com equipamentos ligados ao abastecimento de água e, por conta disso, o Comitê de Gestão da Crise de Energia obrigou a Sabesp a economizar apenas 10% de luz. Mesmo assim, surgirão problemas, afirma o sindicato dos trabalhadores da empresa.
De acordo com o Sintaema, outras áreas da empresa também precisam continuar funcionando para que a água chegue normalmente à casa das pessoas e a imposição da cota de 90% irá forçar a desligar alguns equipamentos, o que pode levar à necessidade do racionamento de água.
Reuniões diárias - A Sabesp tem realizado reuniões diárias para discutir a situação, mas até agora não tomou nenhuma decisão oficial. O desligamento de bombas de pressão e estações elevatórias, entre outros, está na pauta das discussões.
O Sistema Cantareira ainda registra queda constante no volume de água, em virtude da falta de chuvas. Na quarta feira passada, operava com 36,1% da capacidade. Hoje tinha apenas, 35,2%. Outro sistema que serve a bairros de cidades próximas a São Paulo, o Alto Cotia, já está em regime de racionamento.