Jarbas Soares/Redação Terra
Se para algumas categorias o racionamento representa uma diminuição na carga horária para economizar energia, no caso dos eletricistas a situação é oposta. A procura por este tipo de profissional cresceu vertiginosamente em São Paulo, segundo Sérgio Ferreira Silva, eletricista da zona sul da cidade.
“O povo tem assimilado bem a necessidade de poupar energia, as pessoas têm tomado atitudes, e nós – eletricistas – estamos nos sobrecarregando de trabalho”, afirma o eletricista. O serviço mais requisitado, segundo Silva, é a troca das lâmpadas incandescentes por modelos fluorescentes. A procura por nobreaks e centrais de luz de emergência também é grande.
Almir Menezes, eletricista do bairro de Madureira, no Rio de Janeiro, também vê o aumento de procura pelos conselhos especializados, mas não acredita que esteja trabalhando mais. “Há muita procura para obter informações sobre o racionamento, mas pouco aumento efetivo de trabalho. O povo está confuso, precisando de mais informação. Já dei conselhos para muita gente”, conta o carioca.
Estouro de vendas - Outro efeito da crise da energia elétrica no Brasil pode ser visto nas lojas de materiais elétricos. Em algumas lojas já não são encontradas lâmpadas fluorescentes e centrais de luz de emergência. “Nós costumamos a trabalhar no sistema de pronto entrega. Após o anúncio das medidas do governo, estamos demorando de cinco a dez para fazer as entregas”, diz Elza Nunes Baptista, assistente administrativa de uma loja especializada em São Paulo.