O banco de investimentos Salomon Smith Barney disse na terça-feira ter reduzido sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil de 4 para 2,5 por cento, principalmente devido à crise de energia. ``Nós revisamos nossa previsão basicamente em razão do racionamento'', disse Thomas Trebat, o diretor-gerente para pesquisa de mercados emergentes do banco de investimento. ``Nós também estamos olhando para os impactos tardios da política monetária apertada, que foi prevalente no Brasil na primeira parte do ano.''
Na semana passada o Banco Central aumentou as taxas de juros pelo terceiro mês consecutivo, à medida que a crise de energia se soma às já existentes preocupações de que uma forte queda da moeda esteja alimentando a inflação.
``Nós antecipamos que o governo terá que empregar um esforço adicional para aliviar um pouco do peso da política monetária, e também terá o efeito da desaceleração da economia'', disse Trebat.
O Salomon, no entanto, mantém sua agressiva previsão para o crescimento brasileiro no próximo ano de 4,5 por cento. ``Nós reavaliaremos este número dependendo do grau de severidade do racionamento de energia.''
O governo planeja planeja estimular os usuários a reduzir o consumo de energia, aplicando sobretaxas em contas altas e talvez cortando a eletricidade de quem não cumprir as metas.