O presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu hoje representantes da indústria siderúrgica, que apresentaram reivindicações no plano de racionamento de energia. As principais propostas são a liberação das empresas com alta geração de energia de cumprirem a cota limite de consumo. A medida foi bem recebida pelo presidente. A segunda proposta é que seja adotada uma conta única de energia na cadeia produtiva do setor em cada empresa, o que seria chamado de câmara de compensação. Isso seria para facilitar o gerenciamento do consumo de energia e a estratégia de cortes.
Participou do encontro a presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, Maria Sílvia Bastos, que assume hoje a presidência do Instituto Brasileiro de Siderurgia. Ela defende que as empresas que investiram em alta geração fiquem fora do racionamento. A CSN, por exemplo, tem participação na hidrelétrica de Itá (SC e RS) e Igarapava (MG) e na termelétrica em Volta Redonda.
Sobre a produção, a CSN não pretende reduzir a sua capacidade. A empresa possui hoje 5 milhões de quilos de aço dos 26 milhões produzidos no país. ’Vamos tentar minimizar ao máximo o impacto sobre nossa capacidade produtiva. Desejamos continuar suprindo os mercados externo e interno’, disse Maria Sílvia.
Os empresários querem ainda a revisão da meta de redução de consumo, que é hoje de 20% e, segundo eles, deveria ser de apenas 15%.