Jarbas Soares/Redação Terra
Em uma tradicional época de pico de vendas, os fabricantes de chuveiros estão amargando uma queda de 20% nas vendas neste começo de frio. O setor se queixa da propaganda negativa que o produto teve com do anúncio do plano de racionamento de energia.
Considerado como um dos eletrodomésticos que mais gastam energia, o chuveiro elétrico ainda pode ter a carga de impostos aumentada em 50%. A meta das fábricas para evitar o racionamento de energia é de 25% de economia. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, a meta do setor automobilístico, por exemplo, é de apenas 15%
Os funcionários dos quatro fabricantes paulistas de chuveiros – Lorenzetti, Corona, Fame e Cardall - protestaram contra as medidas na manhã desta quarta-feira. Os trabalhadores usaram lampiões e tomaram banho de caneca durante a manifestação. Eles temem demissões causadas pelas medidas de racionamento.
De acordo com o sindicato, o setor costuma a aumentar o quadro de funcionários em cerca de 20% nesta época do ano, mas com as medidas do governo, o quadro de funcionários pode cair de 7 mil para 3,5 mil trabalhadores.
"Não tem explicação para todo esse aumento de tributos. Parece que o governo está querendo ganhar dinheiro em cima dos chuveiros", disse o presidente do sindicato dos metalúrgicos, Ramiro de Jesus Pinto.