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Crise energética deve frear investimentos no país, dizem especialistas

Sábado, 26 de maio de 2001, 16h06

A crise energética deverá provocar uma queda ainda maior no fluxo de investimentos estrangeiros diretos para o Brasil em 2001, trazendo uma dificuldade adicional para o país reduzir o desequilíbrio de suas contas externas.

Economistas calculam que os investimentos diretos, antes estimados em torno de 23 a 24 bilhões de dólares, devem cair para 18 bilhões de dólares a 20 bilhões de dólares este ano devido ao impacto do plano de racionamento, que prevê uma redução de consumo de energia em média de 20 por cento, sobre a atividade econômica.

O ano de 2001 já contaria com um volume de investimento direto menos abundante do que no ano passado, quando o Brasil recebeu cerca de 30 bilhões de dólares, pela ausência de grandes privatizações e vendas de ativos.

"Toda essa crise tende a postergar os investimentos externos", disse o economista Antonio Correa de Lacerda, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), que acompanha os fluxos de investimentos diretos para o país.

Atrás apenas da China entre os mercados emergentes, o Brasil vinha recebendo uma montanha de investimentos estrangeiros diretos, que permitiam financiar confortavelmente o elevado déficit em conta corrente no balanço de pagamentos, considerado o calcanhar-de-Aquiles da até então firme economia do país.

Em 2000, os investimentos diretos mais do que cobriram o déficit em conta corrente, que atingiu 24,6 bilhões de dólares ou 4,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Analistas já esperavam que este ano o déficit estimado entre 26 e 27 bilhões de dólares não seria integralmente financiado por investimentos diretos, o que forçaria o Brasil a buscar mais capitais externos.

Mas o que eles argumentam é que, com a escassez de energia pondo um freio inesperado na economia e reduzindo os investimentos, aumenta a dependência do país em relação ao mercado internacional, já abalado pelas preocupações com a crise financeira argentina e pela desaceleração da economia norte-americana. Além disso, a crise energética aumenta o risco do país, o que significa que o custo de captar dinheiro lá fora passa a ser maior.

Segundo Octavio de Barros, economista-chefe do BBV Banco, o Brasil ainda deve exibir um volume razoável de investimentos diretos em abril, algo próximo de 2,2 bilhões de dólares, incluindo a compra pelo Banco Santander Central Hispano (BSCH) das ações do Banespa que estavam em poder do mercado.

Os números referentes às contas externas do mês passado serão divulgados pelo Banco Central na próxima sexta-feira. De janeiro a março, o déficit em conta corrente acumulou 6,68 bilhões de dólares, enquanto os investimentos diretos totalizaram 4,73 bilhões de dólares no período. No primeiro trimestre de 2000, os investimentos diretos somaram 6,97 bilhões de dólares.

Ainda assim, analistas acreditam que o Brasil não enfrentará maiores problemas para financiar o seu déficit, embora o preço a pagar seja mais alto. "Não vejo grandes dificuldades em acesso ao mercado de capitais internacional, mas a consequência disso é um custo maior da desvalorização do câmbio", disse Marcos Mollica, economista da Fator Administração de Recursos, que reduziu suas projeções já conservadoras para o investimento direto de 20 bilhões de dólares para 16 bilhões de dólares este ano por conta de uma desaceleração da economia mundial.

Segundo ele, ao fazer uso de empréstimos no lugar de investimentos, o Brasil terá que conviver com outra fonte de pressão sobre o real, que só este ano já perdeu mais de 19 por cento de seu valor frente ao dólar.

Fonte : Redação Terra

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