Apas diz que supermercados não conseguirão atingir metas
Sexta, 25 de maio de 2001, 18h01
Os supermercados paulistas ainda não sabem como fazer para economizar os 20% de energia, determinados pelo governo federal no pacote de racionamento anunciado na último dia 18. Reunião entre representantes dos fabricantes, supermercados e técnicos da Eletropaulo concluiu que o setor não tem capacidade, hoje, de atender a determinação do governo. "Acredito que poderemos diminuir entre 10% e 15% o consumo de energia elétrica", informou o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Omar Assaf. Segundo ele, há três problemas que impedem os supermercados de reduzir o consumo: legislação, tempo e dinheiro. No primeiro caso, lei da Cetesb limita os níveis de poluição do ar e sonora, que seriam elevadas com a utilização de geradores a diesel. Esse é o equipamento que seria utilizado, uma vez que para geradores a gás não há rede de distribuição. "Apenas o Rio de Janeiro tem fornecimento garantido do gasoduto Brasil Bolívia e rede de distribuição em todo o Estado", informou Assaf. Além disso, o gerador a diesel gera o problema de acondicionamento do diesel, que também é tratado pela lei. "Para podermos atender à solicitação do governo precisamos mudar a lei", afirmou o presidente da Apas. Assaf ressaltou que, caso a lei seja alterada para permitir a utilização de geradores, há um outro problema, que é o tempo. Os supermercados teriam que importar esse produto, que não chegaria a tempo para o racionamento, previsto para começar no dia 4 de junho. Por fim, ele lembrou que os investimentos seriam elevadíssimos.
Fonte : Investnews - Gazeta Mercantil
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