Césio 137 em Goiânia

Considerado o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora de usinas nucleares, o episódio com o isótopo 137 matou pelo menos 11 pessoas, entre elas uma menina de 6 anos, e deixou 600 contaminadas em Goiânia. Tudo aconteceu quando, em 13 de setembro de 1987, dois catadores de um ferro velho local encontraram um aparelho de radioterapia abandonado em um antigo hospital da cidade. Acreditando poder utilizar o chumbo do aparelho, a dupla vendeu o objeto encontrado para o dono do ferro velho, que o desmontou e encontrou em seu interior um pó esbranquiçado que emitia um brilho azul no escuro.

O pó se tratava, na verdade, de cloreto de césio-137, extremamente prejudicial ao organismo humano. Desconhecendo a origem do pó, mas encantado com suas "propriedades mágicas", o dono do ferro velho mostrou a descoberta a amigos e familiares, que imediatamente ficaram contaminados. Dias depois, descobriu-se a intoxicação, a partir dos sintomas apresentados: náusea, vômitos, tonturas e diarreia. As vítimas reclamam do descaso das autoridades no socorro e descontaminação do local, bem como da falta de remédios.

Foto: Futura Press