O Estatuto da Criança
e do Adolescente diz, em suas Disposições
Preliminares, que: É dever da família, da comunidade,
da sociedade em geral e do poder público assegurar,
com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária.
O cumprimento deste princípio
inclui manter a criança e o adolescente dentro
da escola e longe da criminalidade. Isto, no entanto,
não é o que acontece. Segundo pesquisa,
o aumento da taxa de assassinatos desde os anos 80
é explicada, quase em sua totalidade, pela
entrada dos adolescentes no crime.
E, ainda segundo esta pesquisa,
são as crises econômicas as responsáveis
pela entrada dos adolescentes no crime. Adultos,
homens e mulheres com mais de vinte anos, mesmo passando
por dificuldades econômicas, não costumam
entrar para o crime. Mas seus filhos adolescentes,
sim. Na maior parte das vezes, não é
a polícia, como se pensa, a responsável
pela morte dos jovens delinqüentes: são
os próprios jovens que se matam.
Um dos avanços do estatuto
foi justamente a questão das drogas: deixaram
de ser crime e se tornaram questão de saúde
pública. Com isso, a erradicação
do problema foi facilitada, embora ainda esteja longe
da solução, em especial entre os jovens
pobres, abandonados ou criminosos.
Leia mais:
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Crises econômicas empurram adolescentes
ao crime
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morrem anônimos
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chance de vida honesta
» Com o Estatuto, drogas
viraram assunto de saúde pública
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Ganhos com o tráfico seduzem
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