Sem piloto - conheça a nave ATV

Segundo a própria Nasa, foram os chineses os primeiros a criar os foguetes da maneira como conhecemos. Usando a pólvora, bem conhecida no país devido aos fogos de artifício, o povo oriental usou "flechas de fogo" durante a batalha de Kai-Keng, em 1232, contra os mongóis. Era basicamente um tubo aberto em uma ponta e recheado de pólvora. Desde então, a evolução desse sistema só continuou. Por um lado, pela guerra, mas, por outro, a ciência deu alguns dos maiores impulsos dos foguetes.

Veja a seguir Sem piloto - conheça a nave ATV com uso científico e algumas das principais evoluções desde sua criação até os equipamentos utilizados nos dias de hoje.

Ilustrações: Arte / Terra

Fontes: Nasa ESA Centro Espacial de Samara China Great Wall Industry Russian Space Web

Anos 20 e 30 - Goddard

O americano Robert H. Goddard (que dá nome a um dos principais centros de pesquisa da Nasa) é um dos pioneiros na criação de foguetes. Ele que introduziu o uso de combustível líquido e o uso de estágios durante os lançamentos. Na imagem, ele aparece ao lado do primeiro foguete com combustível líquido, nos anos 20.

1944 - V2

Tamanho: 14 m Criado com fins militares pelos cientistas do exército alemão, o V2 aterrorizou muitos ingleses no final da Segunda Guerra. Contudo, com o fim do conflito, americanos e soviéticos investigaram o projeto alemão e os foguetes de ambos os lados começaram a se basear no avanço feito pelos alemães - e levaram os cientistas junto para ajudar na criação de novos equipamentos.

1945 - Wac Corporal

Tamanho: 5 m Antes de usarem os V2 e a receberam ajuda dos cientistas alemães, os americanos já estudavam a criação de outro foguete. O Wac Corporal (segundo a Nasa, o primeiro foguete para pesquisa científica) foi lançado em 1945 para estudos meteorológicos. O desenvolvimento dele e o conhecimento gerado pelo V2 levaram à criação dos demais foguetes americanos.

1957 R-7 (Sputnik)

Tamanho: 31,07 m Os soviéticos também se aproveitaram do V2 e dos cientistas alemães e passaram à frente dos americanos. O primeiro foguete a levar uma carga ao espaço pertencia à família R-7 (que até hoje vive). O lançamento foi responsável por colocar o Sputnik em órbita, o primeiro satélite feito pelo homem no espaço.

1959 - R-7 8K72 (SS-6 Sapwood)

Tamanho: 31 m Os soviéticos novamente impressionaram ao levaram pela primeira vez uma sonda à Lua. A espaçonave Luna foi impulsionada por mais um foguete da família R-7 (o 8K72, conhecido no ocidente como SS-6 Sapwood) e passou pelo nosso satélite natural em 1959. No mesmo ano, a Luna 2 colidiu contra o solo da Lua, após ser lançada por um foguete do mesmo modelo

1961 - Vostok 1

Tamanho: 38,36 m Este foguete é derivado do mesmo que levou a primeira sonda à Lua, mas carregava uma carga bem mais simbólica: Yuri Gagarin, o primeiro homem a ir ao espaço. O foguete e a espaçonave tinham o mesmo nome e o voo durou uma hora e quarente e oito minutos.

1962 - Atlas-Agena

Tamanho: 36,6 m O foguete foi responsável Atlas e o veículo Agena foram responsáveis pelo lançamento de muitas sondas à Lua, das missões Gemini (que serviram como preparação para as Apollo), mas foram marcados pela Mariner 2 - a primeira espaçonave a chegar a outra planeta (Vênus), em 1962.

1969 - Saturn V

Tamanho: 111 m (o equivalente a um prédio de 36 andares) Para ir à Lua, os Estados Unidos precisaram do maior foguete de todos os tempos, maior que a Estátua da Liberdade. Totalmente carregado e abastecido, o Saturn V tinha 2,8 milhões de kg. Com a quantidade de combustível que o foguete gastava durante um lançamento, um carro poderia dar a volta no planeta 800 vezes. Foi responsável pelo lançamento da Apollo 11 (1969) e de todas as missões tripuladas à Lua

1969 - N1

Tamanho: 105 m A tentativa da União Soviética de bater os Estados Unidos na corrida até a Lua não deu em nada. Os testes do N1 entre 1969 e 1972 foram desastrosos. O programa para o desenvolvimento total do gigante soviético foi, então, cancelado.

1981 - Ônibus espacial

Tamanho: 37,1 m Após ir à Lua, o objetivo da Nasa era criar um foguete reaproveitável. Até os ônibus espaciais, os foguetes viravam lixo espacial ou eram desintegrados na reentrada. Além do próprio ônibus, dois foguetes auxiliares - que se soltavam durante o lançamento - caíam no Atlântico, desacelerados por paraquedas, e eram recuperados por barcos. Contudo, o tanque de combustível ainda era destruído na reentrada.

1988 - Buran

Tamanho: 36,37 m Em 1976, a União Soviética decidiu responder ao projeto de criação dos ônibus espaciais. O desenvolvimento do Buran, do ponto de visto técnico, deu certo e ele fez seu primeiro voo - e único voo - em 1988. Mas logo após essa decolagem, o programa ficou sem dinheiro e o governo viu que era caro demais para continuar recebendo recursos. Apesar disso, o Buran só foi oficialmente cancelado em 1993.

Atualidade:

Ariane 5 ECA Tamanho 53 m O modelo de foguete utilizado pela Agência Espacial Europeia (ESA) é capaz de levar 9,6 t de equipamento ao espaço e pesa 780 t. Essa família de foguetes começou em 1979, com o Ariane 1, que tinha uma capacidade de 1,83 t.

Souyz

Tamanho: 47 m O foguete russo é atualmente o único capaz de levar astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS), já que os ônibus espaciais foram aposentados. É o irmão mais novo da família R-7 de foguetes, aquela desenvolvida nos anos 50.

Atlas V

Tamanho: 26,5 m Sem possibilidade de mandar astronautas ao espaço, a Nasa conta com cinco modelos para enviar cargas ao espaço - Delta II e IV, Pegasus, o Taurus e o Atlas V. O último, um dos mais importantes, é o último modelo da clássica família de foguetes e é responsável pelo lançamento de algumas das mais importantes sondas da agência. A última delas foi a Curiosity, com destino a Marte.

LM-3A

Tamanho: 52,5 m,

Despontando como possível nova potência espacial, a China tem vários modelos de foguete em funcionamento - e planeja muitos outros. Daqueles em utilização, o LM-3A tem uma das maiores capacidades de carga: 2,6 t. Além disso, já participou de 16 missões com sucesso.

Unha-3

Foguete de longo alcance norte-coreano de trêss estágios, 91 toneladas e 30 m de longitude. Esse será o terceiro lançamento ao espaço de um foguete de longo alcance norte-coreano - os dois anteriores aconteceram em 1998 e 2009 - viola a resolução 1718 do Conselho de Segurança da ONU, que proíbe o país comunista de realizar testes balísticos.