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Absorção de adubo cai 73% em áreas sem correção de solo

Aplicação de calcário amplia produção no campo

27 nov 2018 - 10h58
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A correção da acidez do solo é um procedimento que garante maior absorção dos elementos presentes no adubo. Sem a correção, elementos como nitrogênio e fósforo apresentam resultado próximo de 20% do seu potencial, em solos com pH próximo de 4,5.

Estudo conduzido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aponta que plantas absorvem apenas 27% dos elementos que integram o adubo, nessas condições. O desperdício chega a 73%. O agricultor paga por um produto que acaba sendo utilizado parcialmente.

No pH 6,5, que é próximo do ideal, o aproveitamento alcança 94%.

O resultado afeta diretamente o bolso do agricultor brasileiro. A maioria dos solos no país é ácida. Ao mesmo tempo, o adubo é produto importado, portanto, de maior peso na planilha de custo da agricultura nacional.

Adiar a calagem dos solos, como é conhecida a correção, significa deixar de fazer um procedimento de baixo custo. A correção se dá com a aplicação de calcário, produto nacional e de baixo custo, a partir da análise de solo feita com auxílio de profissionais da área. Feita junto com outras técnicas, a calagem favorece o desenvolvimento das raízes e facilita a absorção dos nutrientes do solo, além de ampliar o potencial do adubo.

O consumo nacional de calcário tem tido um salto. Em 2017, subiu para 37 milhões de toneladas. Porém, análises de solo apontam que a quantidade aplicada deveria ser de 2 a 3 vezes maior.

Benefício além da 1ª safra

No estado de São Paulo, o consumo está concentrado nas culturas de laranja e cana-de-açúcar. As oscilações dos mercados internacionais desses produtos fazem com que o agricultor adie a calagem, que teria efeitos positivos por um período de até 5 anos.

A produção da indústria paulista de calcário saltou 20% de 2014 para cá. A alta se deu sob bases muito baixas, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Calcário Agrícola de São Paulo (Sindical), João Bellato Júnior. O último estudo, relativo a 2017, apontou produção de 3,3 milhões de toneladas do corretivo.

"A correção com calcário tem impactos positivos na planilha de custo do produtor rural. O valor se mostra mais um investimento, que se dilui ao longo das safras, e não deve ser levado em conta na planilha de uma única safra", afirma Bellato.

Website: http://sindical.com.br/

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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