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Militares criam movimento anti-Chávez na Venezuela

Terça, 27 de junho de 2000, 01h24min
Por meio de uma fita de vídeo apresentada por um movimento de oficiais da reserva, um grupo de militares venezuelanos da ativa criou uma inusitada organização para enfrentar o governo e exigir a renúncia do presidente Hugo Chávez. A existência da organização opositora Junta Patriótica Venezuelana (JPV) foi revelada nesta segunda-feira (26) após a divulgação de um discurso gravado do comandante da Guarda Nacional - que exerce função de polícia e está subordinada às Forças Armadas -, capitão Luis Geraldo García Morales.

No vídeo, García afirma que o movimento pretende obter a renúncia de Chávez "pela via pacífica", mas sugere a possibilidade de um levante militar. "Os sabres estão soando. O movimento patriótico venezuelano já acendeu suas luzes e vamos conseguir a liberdade absoluta e a paz total", diz García.

"Seja inteligente, sr. presidente e renuncie. O sr. está acabando com a Venezuela e, do contrário, teremos de tomar medidas pacíficas e convocar a desobediência civil."

García apontou as limitações à liberdade de expressão, os ataques ao clero por parte do governo e a deterioração das condições de vida dos venezuelanos como as razões da criação da organização opositora.

A nova Constituição venezuelana, que entrou em vigor neste ano, outorgou aos militares direito ao voto, mas limitou a participação deles na vida política ou em organizações partidárias. O vídeo com discurso de García foi apresentado durante uma entrevista coletiva convocada pelo vice-almirante da reserva Rafael Huizi Clavier, um dos líderes da Frente Institucional Militar (FIM), organismo composto principalmente por oficiais reformados.

Vários membros da FIM atribuíram a divulgação do vídeo aos insistentes desmentidos de Chávez de que houvese descontentamento com seu governo entre os militares da ativa.

Trechos do vídeo foram difundidos também pela emissora de TV Globovisión, antes que a fita fosse confiscada pelo Ministério da Defesa como prova da investigação, que foi aberta horas depois.

"Até agora não tenho nenhuma informação (sobre o vídeo)", disse Chávez, que estava visitando o interior do país em meio à campanha para as eleições do dia 30 de julho, para presidente da república, governadores e parlamentares federais. "Quando regressar a Caracas, analisarei o que tiver de ser analisado e responderei o que tiver de ser respondido. Até agora só posso falar a respeito desse grupo que vem ocupando espaços nos meios de comunicação (o FIM), que não chega a ser nem frente nem institucional nem militar."

Na semana passada, circularam rumores segundo os quais García Morales tinha sido preso por ler uma carta pedindo a renúncia de Chávez. No domingo, porém, o presidente desmentiu essa versão.
O Estado de S. Paulo

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