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IRA mostra suas armas a inspetores internacionais

Terça, 27 de junho de 2000, 01h21min
Num acontecimento aplaudido em Belfast, Londres e Dublin, o Exército Republicano Irlandês (IRA) anunciou nesta segudna-feira (26) oficialmente que permitiu, pela primeira vez, uma inspeção internacional em seus arsenais. "A direção do IRA vem buscando com tenacidade impulsionar o processo de paz", destaca, em comunicado, o grupo paramilitar católico. "Essa iniciativa demonstra uma vez mais nosso compromisso com uma paz justa e duradoura."

Inspecionaram as armas, entregues ao IRA pelo líder líbio, Muamar Kadafi, o ex-presidente finlandês Marti Ahtisaari e o sul-africano Cyril Ramaphosa, presidente do Congresso Nacional Africano, que apresentaram relatório aos primeiros-ministros britânico, Tony Blair, e irlandês, Bertie Ahern. O local é mantido em sigilo, mas a imprensa britânica acha que fica num ponto do sul da Irlanda do Norte ou do norte da República da Irlanda. Também não foi revelada a data da inspeção.

"Comprovamos que as armas e os explosivos estão armazenados de forma segura e adequada", informaram Ahtisaari e Ramaphosa em relatório escrito, que entregaram, pessoalmente, a Blair e Ahern. "As armas e explosivos não podem ser usados sem nosso conhecimento." Segundo serviços de segurança britânicos, dispositivos eletrônicos denunciam qualquer retirada de armas.

No relatório, os inspetores asseguram que vistoriaram uma "quantidade significativa" de armamento. Militares britânicos acham que se trata de uma pequena parte das armas em poder dos grupos paramilitares (católicos e protestantes) e de particulares no Ulster. Estimam que só os depósitos do IRA seriam suficientes para equipar o Exército de um pequeno país. Apesar disso, o fato de o grupo ter mostrado alguns de seus depósitos tem repercussão bastante positiva na consolidação do frágil processo de paz da Irlanda do Norte.

A decisão permitirá ao líder protestante David Trimble, que chefia o governo autônomo norte-irlandês, atuar com mais flexibilidade com os radicais do Partido Unionista do Ulster, que se opõem à presença do Sinn Fein (braço político do IRA) no gabinete.

Satisfeito, Blair telefonou para o presidente americano, Bill Clinton, e agradeceu pelo apoio recebido na condução das negociações, que chegaram perto da ruptura em dezembro, quando o IRA se negou a depor armas e o governo autônomo chegou a ser congelado. "É um avanço sem precedentes na direção da paz", definiu, por sua vez, Ahern.

Os serviços de segurança britânicos calculam que o IRA disponha de 1.700 armas - mil fuzis, 650 pistolas, 50 metralhadoras e 50 lançadores de foguetes de fabricação russa -, munições e duas toneladas do explosivo Semtex.
O Estado de S. Paulo

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