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Estudo reavalia se risco de mutação genética pode causar tumor de mama
Quarta, 21 de agosto de 2002, 12h39

O risco de as mulheres portadoras de mutações genéticas ligadas ao câncer de mama realmente desenvolverem a doença pode ser menor que o imaginado anteriormente, sugeriu um novo estudo. Embora essa informação possa parecer uma boa notícia para mulheres com mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2 - associadas a um risco que varia de 71 a 85% de desenvolver câncer de mama durante a vida -, determinar a probabilidade individual de ter a doença continua difícil, explicou Colin B. Begg, do Centro de Câncer Memorial Sloan-Kettering, em Nova York.

As mutações no BRCA1 e no BRCA2 afetam cerca de uma em cada 40 mulheres descendentes de judeus asquenazes e foram associadas ao aumento do risco de câncer de mama e ovário. O que se questiona não é o vínculo entre essas mutações e o risco de câncer. De acordo com Begg, o problema é que, em geral, as pesquisas que tentam predizer a probabilidade de as mulheres desenvolverem câncer ao longo da vida não levam em consideração os efeitos de outros fatores de risco além das mutações no BRCA1 e no BRCA2.

"A idéia de que a existência de uma mutação no BRCA1 ou no BRCA2 define de maneira completa o risco de uma mulher ter câncer de mama, provavelmente, está longe de ser real. Na verdade, devem existir várias interferências desconhecidas no risco genético," observou Begg em artigo publicado na edição de 21 de agosto do Journal of the National Câncer Institute.

Begg lembrou que os primeiros estudos que estimaram o risco de câncer de mama entre portadoras de alterações nesses dois genes deram prioridade a famílias em que havia vários casos da doença. Essas pesquisas determinaram um risco muito alto. Em trabalhos posteriores, em vez de começar com famílias muito afetadas pela doença, os pesquisadores identificaram mulheres com tumor de mama e depois determinaram a frequência desse tipo de câncer entre os familiares. Essa abordagem mostrou existir um risco menor, mas ainda elevado para a doença.

Na opinião de Begg, uma falha dessas abordagens é não levar em consideração a influência de outros fatores de risco. Entre as mulheres com mutações nos genes BRCA, aquelas que desenvolvem a doença são mais propensas a ter outros fatores de risco não-identificados que as que não apresentam o câncer, comentou o pesquisador.

Pesquisas que compararam pacientes com mutações nesses genes com um grupo de controle da população geral podem estimar com mais precisão o risco de câncer de mama. Begg lembrou também que outras abordagens "são estratégias pragmáticas" e que são necessários avanços para corrigir alguns problemas estatísticos.

Em comentário à Reuters Health, Wylie Burke, da Universidade de Washington, em Seattle, disse que Begg levanta uma questão importante sobre a necessidade de se avaliar também outros fatores de risco. "Mesmo quando uma determinada mudança genética exerce grande influência sobre um problema de saúde, raramente ela é a história completa," explicou Burke, autor do editorial sobre o estudo.

Os pesquisadores estão identificando outros fatores que influenciam a ocorrência da doença, disse o editorialista. "Dessa maneira, provavelmente desenvolveremos novas formas de evitar a enfermidade." "Para as portadoras de alterações nos genes BRCA1 e BRCA2, o artigo de Begg indica que o risco médio associado a essas mutações provavelmente é menor que o imaginado," explicou Burke. "Em outras palavras, o câncer não é inevitável," acrescentou.

Embora o risco de câncer para essas mulheres seja menor do que se acreditava, Burke afirmou que ele ainda é muito mais elevado que o enfrentado pelas não-portadoras de mutações. "Ainda é prudente considerar cuidadosamente as opções de prevenção disponíveis," disse o especialista. A mastectomia profilática, procedimento em que as duas mamas são removidas antes que o câncer se desenvolva, é uma estratégia que tem demonstrado reduzir o risco de tumor entre as portadoras das mutações BRCA1 ou BRCA2. A droga tamoxifeno é uma opção menos invasiva, embora possa causar efeitos colaterais, como o aumento do risco de formação de coágulos sanguíneos fatais, de derrame e de determinados tipos de câncer de útero.

Reuters Health

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