O papel da mulher na sociedade cresce a cada dia e já não há como negar sua importância em termos econômicos. No Brasil, elas representavam, em 2003, 46% dos empreendedores do País, contra 29%, em 2000, segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM). O número de famílias chefiadas por mulheres também tem crescido significadamente. De acordo com o IBGE, o aumento foi de 30% entre 1993 e 2003.O reflexo dessas mudanças é sentido no dia-a-dia das mulheres e das instituições. Um exemplo é o Sebrae, uma das mais importantes instituições ligadas ao empreendedorismo, que criou o Prêmio Sebrae Mulher Empreendedora para reconhecer iniciativas femininas bem-sucedidas.
A gerente da área de educação da instituição, Mara Elaine de Castro Sampaio, diz que as mulheres começam seus negócios a partir de uma necessidade ou por perder o emprego ou porque não trabalhavam e agora têm que assumir a chefia da casa.
Para Mara Elaine, as mulheres geralmente são mais flexíveis para conduzir uma equipe e têm mais facilidade para agir coletivamente e para negociar.
Segundo a gerente do Sebrae, a instituição atendeu, entre 2001 e 2004, 2.740 mulheres no Empretec, um programa desenvolvido pela ONU e realizado no Brasil pelo Sebrae para despertar nos participantes as características necessárias para gerenciar com sucesso o seu negócio. Nos cursos de gestão, que duram menos tempo, o Sebrae recebeu 28 mil mulheres entre janeiro de 2003 e janeiro de 2005.