Foto: Vivian Fernandez

Nesta coluna, o percussionista e baterista Eder "O" Rocha falará, a cada número, sobre as características e um pouco da história dos vários ritmos de Pernambuco e do Nordeste, incluindo transcrições de partituras. Caia no batuque!


A música dos maracatus nação – parte 4

ABÊ OU CHEQUERÊ

Esse instrumento, atualmente, é utilizado apenas pelo Maracatu Nação Estrela Brilhante. O nome ABÊ é tradicional, vindo dos cultos de candomblé de Recife, mas pode também ser chamado por CHEQUERÊ, como é mundialmente conhecido.

Esse instrumento é feito com uma cabaça, envolvida por uma rede de contas, produzindo um som de freqüência alta/aguda.

O ABÊ foi introduzido no baque do maracatu Estrela Brilhante devido à influência direta do candomblé de rua, o Afoxé Ilê de Egbá e o Afoxé Ódolú Pandha; proveniente desses terreiros de candomblé, vem a tríade do ABÊ GRAVE, ABÊ MÉDIO e ABÊ AGUDO ou GRANDE, MÉDIO E PEQUENO que, nos baques do maracatu, são tocados da seguinte forma:


ABÊ AGUDO
(vinheta)



ABÊ MÉDIO
(vinheta)



ABÊ GRAVE
(vinheta)



Obs.: Quando tiver apenas um ABÊ, a divisão predominante é a do ABÊ MÉDIO.



Eder "O" Rocha é formado em percussão erudita pelo CPCMR (Centro Profissionalizante de Criatividade Musical do Recife), já fez parte das Orquestras Sinfônicas do Rio Grande do Norte e do Recife. Atualmente, é integrante da banda Mestre Ambrósio e do Maracatu Nação Estrela Brilhante.