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Um Prisma Chamado Dimas Sedícias Pouco conhecido no Brasil, onde lança primeiro disco, compositor tem música editada pelo arranjador de Frank Zappa e em trilhas de sucesso
Por isso, o nome do seu primeiro disco no Brasil - tem dois gravados na França - é também uma grande dica do que está à espera do ouvinte: Prisma - A Música de Dimas Sedícias. Uma dica que, diga-se de passagem, não consegue evitar que a sensação de surpresa vá se renovando ao longo do CD. E o inusitado mostra a cara a partir da primeira faixa do disco, "Percus-sound", composta para quinteto de metais e que parece, o tempo todo, defender a tese de que trompas, trompetes e cia. são os instrumentos mais apropriados para a percussão. As outras 13 faixas do CD, por onde desfilam elementos do maracatu, do coco e de outros gêneros pernambucanos, não ficam atrás em termos de ousadia. Como "Requiem para um Novillero", executada por um violão e um trompete, e "Trompetuba", um frevo onde os únicos instrumentos - como indica o próprio nome da música - são um trompete e uma tuba. "Acredito que uma das razões de o frevo haver entrado num processo de decadência seja o fato de ser sempre executado por orquestra, formação instrumental que, além de haver se tornado antiga para o gênero, é muito onerosa e não pode se apresentar em qualquer lugar", diz o polêmico compositor, que está mantendo animadores contatos com gravadoras para o lançamento do disco também no mercado europeu. No Recife, Prisma - A Música de Dimas Sedícias, que conta com a participação de vários músicos pernambucanos, como o pianista José Gomes e a violoncelista Mariza Johnson, será lançado no dia 18 de março, às 19 horas, na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), bairro de Casa Forte. O lançamento faz parte das comemorações do centenário de nascimento do escritor e sociólogo Gilberto Freyre, autor de Casa Grande e Senzala.
Fundador da instituição, Gilberto Freyre é homenageado no disco através da faixa "Mestre Giba", composta com Renato Phaelante e que servirá de trilha sonora para um CD-Rom que está sendo produzido sobre o escritor. Seguindo o estilo de Dimas, a festa não terá o tradicional coquetel, mas disporá de barraquinhas servindo tapioca, cocada e outros produtos típicos do Nordeste.
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