PowerBook G3 "Bronze"
Se você faz questão de deixar translúcidos de inveja todos os pecezistas por onde passa,
este é o seu Mac
Com a chegada iminente do iBook, muita gente deve estar se perguntado: o que será dos PowerBooks, os modelos
portáteis profissionais da Apple? Ao que tudo indica, continuarão vendendo muito bem. Segundo o
próprio Steve Jobs, a Apple ainda não consegue atender a toda a demanda pelo "notebook mais rápido
do mundo".
A verdade é que o iBook não é a solução apropriada para muita gente. E não
estamos falando dos executivos que ficariam constrangidos ao sentar em uma mesa de reunião com um pouco discreto
laptop abóbora. É preciso reconhecer: usuários profissionais precisam de uma máquina
profissional. Você até pode usar um iMac como quebra-galho, mas se seu concorrente está utilizando
um G3 azul, com certeza ele vai entregar o trabalho mais cedo.
O iBook tem uma tela minúscula, não tem saída de vídeo e tem opções de
expansão e conectividade muito restritas. Já o PowerBook G3 tem tudo isso e mais um pouco. É a
única opção atual para profissionais que lidam com criação trabalharem em viagens,
em casa ou onde bem entenderem. Vamos analisar isso, de acordo com a aplicação.
DTP e design
Com uma tela que suporta milhões de cores em uma resolução de 1024 x 768 pixels e capacidade para
até 384 MB de RAM, o G3 é máquina de sobra para quem mexe com editoração ou
multimídia. Repórteres fotográficos com câmeras digitais podem utilizar mídias compactas
como o CompactFlash, combinado com um cartão PCMCIA (PC Card), para transferir fotos para o disco, tratá-las
e enviá-las por modem para a redação. Quem desconfia das cores apresentadas em telas de cristal
líquido tem a opção de ligar seu PowerBook em um monitor de até 21 polegadas, mantendo seus
milhões de cores.
Vídeo
O PowerBook G3 também é o primeiro a poder ser considerado uma ilha de edição
portátil. Com uma placa FireWire opcional, como a FireWire 2 Go (US$249), cartão PCMCIA da Newer, uma
câmera DV e o Final Cut Pro ou o Adobe Premiere, você já tem todo o equipamento necessário para
se meter na floresta e criar o novo Bruxa de Blair. Interessados em ver filminhos DVD no PowerBook devem optar pelo modelo
de 400 MHz, o único que traz um chip decodificador de MPEG-2 na placa-mãe.
Áudio e multimídia
Apesar de ter apenas dois falantezinhos laterais (com som excepcionalmente bom para o seu tamanho), o PowerBook G3 tem
entrada e saída de áudio de 16 bits, o que o torna apto para quem mexe com áudio digital. Quem lida
com multimídia vai gostar de saber que ele traz de volta uma função que sumiu dos PowerBooks desde o
5300. Você pode utilizar um segundo monitor em conjunto com a tela do PowerBook, colocando, por exemplo, as paletes
de um programa em um e a janela com o filme em outro. Web designers, por exemplo, podem trabalhar no código em sua
tela e ver o preview no browser no monitor.
Mais magro
Mas a característica mais alardeada do PowerBook G3 é o seu corpinho jóia.
Com 2,7 kg, este é o laptop mais leve que a Apple já produziu, excetuando, é claro, os modelos Duo,
que se encaixam na categoria de subnotebooks.
À primeira vista, ele não se difere muito do modelo anterior que, por sinal, também tem o nome de
PowerBook G3. Para diferenciá-los, a Apple sugere que o novo seja chamado de PowerBook "Bronze", devido à
cor de seu teclado, que lembra aquele plástico fumê de cafeteiras elétricas.
Mas as diferenças existem, para o bem e para o mal. O meio quilo a menos entre o velho e o novo PB G3 é
a maior delas. A bateria também dura mais, quase chegando às 5 horas prometidas pela Apple. As alcinhas que
expulsam as baias não causam mais tanto medo de serem acionadas sem querer. O teclado pode ser retirado muito mais
facilmente.
O lado ruim? Drives comprados para os PowerBooks G3 de 98 não cabem nas baias dos modelos "bronze". E a tecla
[Function] também caiu fora, eliminando funções como o Delete para a frente e outras úteis
para quem usa emuladores de PC.
Quatro horas de bateria
Pontos negativos no PowerBook G3? Só existe um: é caro pra dedéu. Mesmo assim, é preciso
reconhecer que, a cada dia que passa, ele se torna mais acessível. Seu preço em dólar no Brasil
está cerca de 50% maior que o praticado nos EUA, uma margem razoável ao se considerar os custos de
importação.
Quanto ao futuro dos portáteis profissionais da Apple, parece que ainda vai demorar um pouco para surgirem
grandes mudanças. Quem está esperando um PowerBook G4 pode esperar sentado. Além dos problemas de
produção normais em uma nova geração de chips, não deverá ser fácil
encaixar o superprocessador em um laptop (quem viu o dissipador de calor do G4 sabe do que estou falando). É bem
capaz que apareça ainda uma nova geração de G3, com capacidade embutida para FireWire, AirPort e
DVD-RAM. Ou então o tal PowerBook ultrafino, no estilo do VAIO da Sony, pesando menos de dois quilos. Mas isso
são coisas pro futuro, sobre o qual a Apple aprendeu a manter a boca fechada.
Powerbook G3
Apple Brasil: 11-5503-0090; 0800-127753
Heinar Maracy
Deslumbrante; capaz de executar as mesmas tarefas de um G3 desktop
caro; caro; caro
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Ficha técnica
Processador |
PowerPC G3 de 333 ou 400 MHz |
Cache nível 2 |
512K ou 1MB |
Bus do sistema |
66 MHz |
RAM |
64 MB (mínima) 384 MB (máxima) |
SGRAM |
8 MB |
Disco |
IDE de 4 GB ou 6 GB |
CD-ROM |
24x |
Portas |
2 USB, 1 SCSI, Ethernet, infravermelha, PCMCIA, S-video, VGA, áudio de 16 bits |
Modem |
56K V.90 |
Tela |
TFT de 14,1 polegadas |
Resolução |
milhões de cores em 1024 x 768 pixels |
Bateria |
Íon de lítio |
Tamanho |
26,4 cm x 32,3 cm x 4,3 cm |
Peso |
2,68 kg (com CD-ROM e bateria) |
Preço |
R$ 7.690 (333 MHz) R$ 10.590 (400 MHz) |
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