 Tocadores de MP3 Eles são pequenos, práticos e funcionam com Mac Por Heinar Maracy Os fabricantes de tocadores de MP3 deveriam erguer uma estátua para Shawn Fanning, o criador do Napster. Graças a ele, esses aparelhinhos se transformaram de meros brinquedos tecnológicos em um item fundamental para o caçador de MP3 que se leva a sério. OK, eles tem pouca memória, conseguem armazenar apenas um punhado de músicas e são caros. Mas e daí? Para os realmente aficcionados pelo novo universo MP3 e a troca de arquivos P2P (peer to peer, ou, de computador para computador), um MP3 player traz vantagens a que nenhum outro aparelho consegue igualar. Não se iluda, cedo ou tarde você ainda vai ter um. O principal problema desses aparelhos é a pequena capacidade de armazenamento. A maioria vem com 64 MB de memória instalada, geralmente em cartões de memória flash (Smart Media), o que dá para mais ou menos uma hora de música codificada com uma qualidade razoável (128 bits). Para ampliar essa capacidade, você precisa comprar mais cartões flash, que custam os olhos da cara, mesmo nos EUA (um cartãozinho de 64 MB não sai por menos de US$ 150). Mas, como qualquer produto de informática, a tendência é o preço baixar e a capacidade embutida dos aparelhos aumentar. Uma hora de música não é o suficiente para um fim de semana na praia, mas pode fazer o verão de muita gente. Dá para você baixar suas músicas de casa, ir ouvindo no caminho para o trabalho, chegando lá, plugar seu tocador em seu Mac e renovar sua playlist para ouvir na volta. A única concorrência à vista para esses tocadores são os CD players de MP3 que começam a despontar no mercado. Um aparelho desses consegue tocar mais de dez horas de música armazenadas em um único CD, eliminando o principal problema dos tocadores portáteis; mas perde em praticidade. Primeiro porque, para ouvir suas músicas, você precisará organizar uns 650 MB delas e depois queimar um CD-R em um gravador. E se já tem uma coleção de CDs, prepare para renomear todas as suas músicas a la DOS, pois até o momento os MP3 CD players só reconhecem discos no formato ISO-9660. Os tocadores de MP3 também levam uma boa vantagem no tamanho: menores que um maço de cigarro, podem muito bem ser levados em qualquer bolso. Tente fazer isso com um CD player... Atualmente o macmaníaco brasileiro tem duas opções de tocadores de MP3: o Rio 500, da Diamond e o Nomad II, da Creative Labs; ambos vem com um cabo USB que pode ser ligado em qualquer Mac (PCs também!) que tenha essa porta para uma transferência fácil e suave de musiquinhas. Gracas aos esforços da toda-poderosa RIAA (a associacão das grandes gravadoras que quer acabar com essa putaria de passar músicas pra lá e pra cá sem pagar nada), nenhum deles permite o upload de músicas para o computador - o que é uma pena. Nomad II
Segundo o próprio fabricante, o objetivo era criar "a Ferrari dos MP3 players". Abundam os recursos no Nomad II. Ele toca MP3, é um rádio FM e também serve de gravador de voz, para aqueles momentos em que bate a inspiracão e você precisa gravar uma idéia genial. O fone de ouvido (tipo backphone, daqueles que seguram na nuca e não no topo da cabeça) é excelente, com uma boa reprodução de graves. Teoricamente, o Nomad II deveria vir com um CD com o SoundJam, mas a versão testada não veio nem fazia menção ao Mac no manual. Entrando no site do aparelho (www.nomadworld.com), é possível baixar o Nomad Manager e o Nomad Voice File Player, através dos quais já é possível transferir músicas e passar para o Mac seus arquivos de voz. É fundamental também baixar o upgrade de firmware do Nomad; sem ele, o bicho não entende os nomes longos das músicas, mostrando todas com nomes de oito caracteres. A operação do Nomad não requer muita prática. Os botões de play, stop, forward e rewind servem para ligar, desligar e navegar pela interface com ícones bonitinhos para as diversas funcões do aparelho. Ele não tem memória interna: vem com um cartão de 64 MB. Rio 500
Apesar de estar duas gerações atrás do modelo que está sendo vendido lá fora (o Rio 800), o Rio 500 é uma boa opção para o macmaníaco emepetrista. O design transparente e colorido combina bem com o iMac (o modelo roxinho tem o mesmo tom do iMac DV Grape). O Rio vem com 64 MB de memória e ainda tem um slot para cartão de memória Flash, que pode proporcionar até duas horas de música. O Rio pode não ter todas as funções do Nomad, mas possui mais recursos para organizar suas músicas, permitindo, por exemplo, criar pastas para dividir suas músicas em seções e criar bookmarks para ter acesso rápido às suas cancões favoritas. A navegacão entre as pastas, no entanto, é meio confusa. Não descobrimos um jeito de tocar todas as músicas diretamente, sem ter que pular de uma pasta para outra e dar play novamente. Em termos de consumo de bateria, o Rio deu um banho no Nomad. Ambos utilizam uma pilha pequena, mas a do Rio rendeu mais. O Rio usa um cabo USB com pino proprietário, enquanto o Nomad usa um USB A-B normal; ou seja, para usar o Rio em duas máquinas, você precisa levar o cabinho de lá pra cá. A integracão do Rio com o SoundJam também mostrou mais recursos, pelo menos na versão do firmware atual. Infelizmente, nenhum dos dois permite apagar musicas individualmente, apenas o diretório (pasta ou mídia) inteiro. Também não é possível mudar as músicas de lugar, elas acabam ficando na ordem de upload. Final das contas Se você quer só um tocador de MP3 que cumpra seu papel, o Rio é uma boa opção. Se funções como rádio e gravação de voz são importantes, vá de Nomad, pagando um pouco mais. Se você acha que esses tocadores ainda não são para o seu bico, o jeito é ter paciência. Um dia você ainda vai ter um.
Onde encontrar
|
Pequenos, práticos e podem ser "upgradeados" por software
Pouca memória embutida; preço da memória Flash ainda é muito elevado; poucos recursos na manipulação das faixas
  |
 |
|