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Macmania
Resenhas

Macmania 115 - janeiro de 2004

[1984 a 1991] [1992 a 1997] [1998 a 2003]

1998

  • Steve Jobs toma uma das suas decisões mais polêmicas: acaba com o Newton. "Filho" de seu arquiinimigo Sculley, Jobs nunca foi com a cara "daquele treco de rabiscar". A fim de focar a Apple em seus negócios centrais, defenestra o Newton (e seu irmão eMate) justo quando ele se firmava no mercado, que acaba ficando todinho para o Palm.
  • Em agosto, a Apple finalmente lança o computador-símbolo de sua volta por cima: o iMac. Colorido, curvilíneo, totalmente diferente do marasmo dos PCs beges. Durante meses, é o computador mais vendido nos EUA. Depois dele, a Apple nunca mais seria a mesma.


1999

  • Cores! Seis meses depois de lançar o iMac, uma jogada de mestre. Em vez de apenas aumentar sua velocidade, a Apple lança iMacs em cinco cores, misturando conceitos de decoração, design e usabilidade.
  • A moda (ou praga, para alguns) das cores chega aos modelos profissionais, com o Power Mac G3 azul e branco. Em agosto, chegam os Power Macs G4, com um tom mais sóbrio, acinzentado. Graças a instruções embutidas que aceleram cálculos matemáticos (chamadas de Velocity Engine ou AltiVec), o G4 dá uma boa vantagem ao Mac em relação ao Pentium da época.
  • Em setembro chega o iBook, o primeiro laptop da história não direcionado a executivos ou nerds milionários. Junto com ele estréia a Internet sem fio: AirPort. Um clássico até hoje (e sim, dá para rodar o Panther nele!).
  • O iMac DV dá a partida na segunda revolução promovida pela Apple: o Desktop Video. É o primeiro computador para uso doméstico capaz de editar vídeos, graças ao FireWire e ao iMovie.
  • Em 1999, 52% de todas as máquinas vendidas pela Apple são iMacs.
  • No hardware as coisas vão bem, mas o sistema operacional continua atrasando. Rebatizado de Mac OS X, ele é previsto para chegar às mãos dos consumidores no final de 1999 (ha ha ha).


2000

  • O Power Mac G4 começa a perder a batalha dos megahertz, resultado do desinteresse da Motorola em investir no chip. O modelo de 500 MHz, anunciado em agosto de 1999, só chega em fevereiro de 2000, quando a Intel já anunciava a quebra da barreira do gigahertz pelo Pentium.
  • Em julho sai o G4 Cubo, obra-prima do design e retumbante fracasso comercial. Ninguém quer pagar mais por uma máquina com menos capacidade de expansão e processamento, por mais maravilhosa que seja. Seis meses depois, a Apple baixa o preço do Cubo a níveis atraentes, mas aí já é tarde demais.
  • O iMac muda de cores, mais transparentes e vistosas, e ganha várias faixas de preço, de acordo com o processador. O iMac 350 MHz Indigo é vendido a US$ 799 - o Mac mais barato de toda a história da Apple e bem próximo da meta de US$ 500 do Macintosh original.
  • A Apple troca o famigerado mouse redondo pelo mouse óptico transparente. Ufa!
  • Finalmente o Mac OS X dá o ar da sua graça, em uma versão beta pública, no final do ano. Mais de 100 mil cópias são distribuídas. O futuro é Aqua.


2001

  • Depois de anos de pretinho básico, os PowerBooks ganham o primeiro revamp da Era Jobs: nasce o Titanium. Com chip G4, tela de 15" widescreen e design digno de um Mies van der Rohe, o Ti é um sucesso estrondoso, mesmo esquentando horrores e descascando depois de um tempo.
  • Surge também o SuperDrive, incluído no Power Mac G4 733 - drive que lê e grava DVDs e CDs.
  • Reconhecendo que apostou no cavalo errado (ou no certo na corrida errada), Steve Jobs faz uma autocrítica e assume a culpa por não ter embutido um queimador de CD-ROM nos iMacs logo em 1999, preferindo o drive de DVD.
  • Além do drive que o povo queria, os iMacs coleção 2000 trazem dois modelos que marcam época: o Flower Power e o Blue Dalmatian.
  • Em janeiro, Jobs fala pela primeira vez no conceito de "Hub Digital" e lança o iTunes, o primeiro passo da Apple rumo à dominação do mercado de música online. Em outubro é lançado o iPod, o segundo passo.
  • O Mac OS X começa a ser vendido em março (ainda faltando uns pedaços que vão sendo incluídos no meio do caminho). A reclamação de lentidão é geral, os softwares incompatíveis são vários, os bugs muitos, mas o Aqua é lindo. O 10.1 (em setembro) dá uma recauchutada geral no sistema.
  • Em maio chegam os iBooks branquinhos, dando início à "Era Linha Branca" do design Apple.


2002

  • A "linha branca" incorpora o iMac com o lançamento do iMac G4 "abajur", que leva o aspecto alienígena do iMac a níveis nunca dantes imaginados.
  • O susto com o design do novo iMac é tanto que o lançamento do Power Mac G4 "QuickSilver" com dois chips G4 de 1 GHz, passa quase desapercebido.
  • O Jaguar (Mac OS X 10.2) sai em outubro, transformando o Mac OS X em um sistema maduro, mais rápido e com muitas novas funções.
  • A Apple entra no ramo dos servidores profiças com o Xserve.


2003

  • Janeiro: lançado o Safari, o browser da Apple. Chega de ser Explorado!
  • No campo do hardware, o ano batizado por Steve Jobs de "Ano do Laptop" começa com o lançamento dos PowerBooks de alumínio de 12 e 17 polegadas. Em julho chegam os Power Macs G5 para lavar a alma dos macmaníacos, que voltam a ficar na "pole position" na corrida das plataformas.
  • Em março, a Apple lança com enorme sucesso a sua iTunes Music Store e prova que é possível a venda de música online. O iPod chega aos 40 GB.
  • O final do ano traz os novos iBooks G4, o PowerBook de alumínio de 15" e o iMac com tela de 20".

Durante 20 anos, o fim da Apple e do Macintosh foi anunciado inúmeras vezes. Mas ambos continuam aí, liderando a indústria de informática no design, na tecnologia e na facilidade de uso, provando que sempre há espaço para idéias criativas e inovadoras. Para os que acompanharam a jornada até aqui, com certeza valeu a pena. Vamos agora aos próximos 20 anos.

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