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Steve Jobs pede adiamento de "Cars"

por Emerson Rezende>

Steve Jobs, CEO da Apple e da produtora de animações digitais Pixar, parece que está um tanto quanto insatisfeito com seu relacionamento com a Disney, parceira de suas últimas produções. Ele pediu que o lançamento do desenho "Cars", que deve ser o último a ser produzido em parceria pelos dois estúdios, seja adiado.

Já se sabe há algum tempo que a pediu que a estréia do desenho, antes prevista para o final de 2005, aconteça em meados do verão norte-americano de 2006 (entre junho e setembro). Esta pode ser mais uma amostra de que o a união Pixar/Disney azedou.

"Ao concordar com o adiamento do desenho, pode ser que a Disney esteja tentando acalmar os ânimos da Pixar para reforçar a sua posição na renegociação do contrato de parceria entre as empresas", disse Richard

Greenfield, analista da Fulcrum, empresa de análises mercadológicas. Greenfield lembra que, tecnicamente, esse contrato - que já dura 13 anos - está para vencer nesse final de ano. "Acredito que a Disney é o 'lado mais fraco' desse negociação, já que é ela quem precisaria mais do conteúdo da Pixar do que o contrário. A Disney demonstra há anos que tem grande dificuldade em criar desenhos de sucesso. E os seis desenhos que elas produziram juntas foram todos grandes blockbusters".

A analista Katherine Styponias, da Prudential Equity Group, não só concorda com Greenfield como ainda acrescenta que esse atraso também será benéfico para a Pixar. "Com esse tempo extra de seis meses, a Pixar pode entrar em contato com outros estúdios. Tempo suficiente para até acontecer uma sucessão para o cargo de CEO da Disney, que hoje é de Michael Eisner. E a relação dele com Jobs pode ser considerada tudo, menos
cordial".

Hoje, a Pixar tem que pagar à Disney 12% dos custos de distribuição e tem o direito de receber 38% dos lucros. Já a Disney se encarrega de 50% dos custos totais de produção. Jobs está querendo estabelecer um novo acordo que busque isentar a Pixar de todos os custos de produção e aumentar suas participação nos lucros. Já ocorreram reuniões com executivos da Warner Bros, Sony e Fox.