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O filme é baseado no desenho Avatar - A Lenda de Hang |
★★ AVENTURA
QUANDO O INDIANO M. NIGHT SHYAMALAN surgiu com a história do menino que via espíritos em O Sexto Sentido, Hollywood foi tomada por uma brisa de ar fresco. Cineasta jovem, com ideias originais e ótimo criador de charadas, fez do final inesperado sua marca em suspenses como Sinais, Corpo Fechado e A Vila. Mas a verve de Shyamalan não é mais a mesma. Em busca do sucesso, ele adapta o desenho animado Avatar – A Lenda de Aang, sensação do canal Nickelodeon. Por motivos óbvios, o título foi substituído por O Último Mestre do Ar. Mas, se na telinha as cores vibrantes e a narrativa épica fazem lembrar as animações do mestre Hayao Myazaki, na tela grande nem a versão 3D entusiasma.
Uma sonolenta voz em off explica que o mundo é habitado por quatro tribos ligadas aos elementos terra, ar, fogo e água. Em cada povo há mestres capazes de controlá-los. Só um único ser, porém, exerce poder sobre os quatro: o Avatar, uma espécie de Buda que reencarna através das gerações. Pois ele agora é o garoto Aang, que rejeita sua missão, foge e, na volta, encontra a Terra dominada pela nação do Fogo. O herói, então, une-se aos irmãos Sokka e Katara para restabelecer o equilíbrio. O clássico embate entre o bem e o mal sucumbe ao elenco apático e aos efeitos sofríveis. Shyamalan faz uma obra sem personalidade que, ao contrário de seus filmes enigmáticos, é só obviedade.
(Classificação indicativa: a conferir)