Gravar as matérias para o quadro "Proteste Já" do programa CQC está cada vez mais difícil para Danilo Gentili. Depois de ser agredido por guardas municipais de São Bernardo do Campo, na terça-feira 22, o repórter sofreu nova ofensiva, na quinta-feira 1o, em Analândia, interior de São Paulo. "O que reina no Brasil é a cultura do coronelismo. Eles não aceitam ser questionados, acham que podem tratar a gente como tratam a população", afirmou Gentili durante conversa com os internautas do UOL, na sexta-feira 2.
A agressão sofrida pelo jornalista rendeu ao programa o maior Ibope desde sua estreia, em 2008. A atração ficou em segundo lugar marcando 7 pontos, com picos de 9, na segunda-feira 28. Os episódios, porém, não desanimaram o repórter. "Adoro fazer esse trabalho. Mexemos com assuntos delicados do Brasil como a corrupção. Acho que o brasileiro começou a enxergar a política de outra forma depois do CQC", acredita.
Em nota oficial, a TV Bandeirantes afirma que a equipe foi recebida em Analândia pelo chefe de gabinete, Beto Perin, e logo que entrou na prefeitura foi surpreendida por funcionários que chegaram a jogar a câmera do CQC no chão e agrediram tanto Gentili quanto o produtor do programa. A prefeitura de Analândia disse que agiu com "naturalidade" e que o humorista é que estava agressivo e descontrolado. Já as autoridades de São Bernardo do Campo alegam que prenderam o apresentador por desacato aos guardas. |
Gentili e as cenas de agressão sofridas em São Bernardo do Campo: "Penso em pedir um adicional por insalubridade", brinca ele |
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