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Claudio Botelho e Charles Möeller comemoram a parceria com o espetáculo Versão Brasileira |
Qual foi o ponto inicial da parceria?
O marco zero foi Hello Gershwin, em 1990. Um projeto em que estávamos eu, Claudio, Claudia Netto e Marco Nanini. Um espetáculo pequeno, mas ambicioso. Lembro que olharam torto para a gente.
Houve um patrulhamento ideológico?
Sim, mas nem tanto em relação a nós, que éramos dois garotos. Não tinha passado tanto tempo desde a Anistia. Havia preconceito com o teatro americano. Parecia que estávamos fazendo algo de direita. E que nunca daria certo no Brasil. Além disso, era a época dos diretores- encenadores e nós chegamos com uma proposta mais ingênua.
Vocês incluíram no roteiro músicas de todos os espetáculos que fizeram juntos?
Não. Colocamos o que consideramos mais importante. Composições de Stephen Sondheim e Chico Buarque nos sedimentaram. Tinham que entrar.
Vocês estão com novos projetos previstos: Gypsy, Hair, Annie...
Também deveremos fazer O Violinista no Telhado e um espetáculo com músicas de Roberto Carlos. Para tanto é preciso organização. Vou começar a ensaiar Gypsy com cenários e figurinos já desenhados. Fico aflito em não ter intimidade com o material. Sou ruim de improviso. Não existe margem para o jeitinho brasileiro. (12 anos) D.S.W.
Espaço Sesc - r. Domingos Ferreira, 160, Rio, tel. (21) 2547-0156. Até 7/2.