ROBERTO CARLOS FESTEJOU 50 anos de carreira com súditos satisfeitos com seu longo reinado. Comemorou acompanhado de mulheres (Elas Cantam Roberto), apresentou-se pela primeira vez no Maracanã e chorou diante de 68 mil pessoas, voltou a sua terra natal, Cachoeiro do Itapemirim (ES), e fez show no dia de seu aniversário, em abril.
A morte repentina de um outro rei, Michael Jackson, surpreendeu fãs do mundo inteiro. Desde 25 de junho, quando ela foi anunciada, não cessaram homenagens. Em meio às controvérsias sobre investigações de paternidade, de responsabilidade pela morte, de direito a heranças, o nome de Michael Jackson movimentou milhões de pessoas e de dólares. Seus discos voltaram às listas dos mais vendidos e o filme This is It, com os ensaios da temporada de shows que faria, virou marco no cinema: duas semanas antes da estreia, em outubro, os ingressos para 1,6 mil sessões nos Estados Unidos já estavam esgotados; em Londres, os 30 mil ingressos foram vendidos em um dia; e o filme arrecadou mais de US$ 250 milhões no mundo em apenas 37 dias em cartaz.
Os novos e a tradição
O fenômeno virou tradição e foi até citado ironicamente em música dos Titãs, falando sobre "a melhor banda de todos os tempos da última semana". E, quando a oferta é muita, difícil se destacar, como conseguiu o Little Joy, que trazia Rodrigo Amarante (do Los Hermanos), Fabrizio Moretti (dos Strokes), a vocalista Binki Shapiro, e que teve o primeiro e único disco bastante elogiado.
Outra tradição no Brasil, como na Inglaterra, é o surgimento de cantoras. Por aqui, a mais nova integrante do clube das "novas vozes femininas da MPB" é Maria Gadú. Com um disco lançado, ela emplacou música em novela, minissérie, e já não precisa mais da informação de que foi "elogiada por Milton Nascimento e Caetano Veloso" para despertar interesse pelo seu trabalho.
1 | 2 | 3 | Próxima >>