 |
O canto de Bocelli se divide entre a suavidade e a grandiloquência no CD
|
COM A MORTE DE LUCIANO PAVAROTTI (1935 - 2007), Andrea Bocelli se tornou o tenor de maior popularidade por atravessar com frequência a tênue fronteira entre as músicas erudita e popular. O que explica o sucesso mundial do songbook natalino do cantor, My Christmas, um dos líderes das paradas neste fim de ano.
Bocelli celebra as festas entre a suavidade e a grandiloquência. Quando experimenta tons mais baixos, como em "White Christmas / Bianco Natale", o tenor soa especialmente envolvente. Contudo, My Christmas é álbum pautado por emoções e cantos exacerbados, sobretudo em "Silent Night" e em "Angels We Have Heard on High".
O disco tem climas variados em suas 16 faixas. Se "Adeste Fideles" festeja o Natal à moda solene de uma ópera, "Santa Claus is Coming to Town" ganha tom lúdico pelo coral infantil que encorpa o registro. Há também baladas divididas por Bocelli com duas cantoras-ícones da música norteamericana, Natalie Cole ("The Christmas Song") e Mary J. Blige, uma das vozes mais potentes do r&b, convidada de "What Child is This". Por mais que os tons sejam variados, a produção de David Foster confere ao disco um padrão uniforme, bem ao gosto do grande público a que My Christmas se destina. Mauro Ferreira
Top 5 Sebá
O vocalista da banda Inimigos da HP conta quais são seus discos preferidos:
Memórias, Crônicas e Declarações de Amor Marisa Monte
Alchemy Dire Straits
Under a Blood Red Sky U2
Help Beatles
Zoodstock Inimigos da HP