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Cena do longa dirigido por Heitor Dhalia, de O Cheiro do Ralo
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À DERIVA É UM FILME BONITO. É belo nas imagens de praia, nas mudanças de cores. Mas é na beleza de duas atrizes, Débora Bloch e a estreante Laura Neiva, que o novo trabalho de Heitor Dhalia (O Cheiro do Ralo) tem o seu forte. Não apenas na aparência, mas na beleza de suas interpretações.
Débora é Clarice, que se debate com a vontade do marido, o escritor Matias (Vincent Cassel), em manter o casamento apoiado no que tiveram no passado. Embora pareça vir dele o impulso libertário, é ela quem rompe convenções. Em uma cena, falam sobre um livro dele e ela diz algo como "Não sou como seus personagens existencialistas que sofrem por não realizar seus desejos", expondo a incompreensão do marido. Débora usa os silêncios para evidenciar as dores de Clarice. Filipa (Laura), a filha do casal e protagonista do filme, observa tudo.
É pelo olhar dela que as histórias são narradas. Ao mesmo tempo em que vê o desmoronamento da relação dos pais, ela descobre-se em um mundo adulto e tem seus próprios relacionamentos para entender. Laura é uma excelente surpresa no elenco. O que atrapalha é o roteiro confuso, cheio de tensões desnecessárias. O filme cresce quando se concentra no essencial, na história do casal e da adolescente descobrindo um mundo além dos pais. (16 anos) Aina Pinto
Vi e gostei Thierry Figueira
"A Lista de Schindler é um clássico imperdível por relatar a Segunda Guerra Mundial, um momento marcante na História"
Thierry Figueira é ator