Gabriel Villela, que dirige Marcello Antony em Vestido de Noiva, o compara a Grande Otelo e Oscarito, dizendo que o ator tem em seu trabalho características de artistas populares. Na peça de Nelson Rodrigues, que encerra temporada em São Paulo no domingo 5, Antony é Pedro, vértice de um triângulo amoroso com duas irmãs. A comparação do diretor pode até parecer surpreendente, mas apenas aponta mais uma mudança na carreira de Antony, iniciada no teatro, em 1991. Na tevê, apareceu em 1996, em O Rei do Gado.
O italiano Bruno foi sucedido pelo problemático Guilherme em Torre de Babel (1998), o vilão Leandro em Coração de Estudante (2002); o malandro André em Belíssima (2005); o romântico Daniel em Ciranda de Pedra (2008). Também vestiu-se de mulher no filme Viva Sapato! (2002), raspou os cabelos no longa O Dia da Caça (2000), dividiu o palco com Beatriz Segall em Ponto de Vista (2001). Casado há 11 anos com Mônica Torres, ele exercita a multiplicidade também em casa. Vai do futebol com o filho, Francisco, de 6 anos, aos desenhos e historinhas com a filha, Stephanie, de 9. No ano que vem, estará de volta às novelas em uma trama de Silvio de Abreu.