No final de uma rua sem saída, em um dos bairros mais privilegiados de São Paulo, mora o decorador que virou grife. Sig Bergamin é um estilo. E o que é o estilo Sig quando se trata de vê-lo em sua própria casa? “Meu estilo é nenhum”, ele próprio diz. “Não me preocupo com o que combina com o quê. Essa é a minha casa, a minha maneira de viver”. Não é bem assim. Quando se atravessa o portão, que divide a calçada da construção de influências inglesas, percebe-se que ali há uma conversa estética entre objetos, tapetes, quadros, cores e arte. É esse talento em misturar elementos, estampas e tecidos que fizeram do arquiteto um dos mais badalados e procurados por uma clientela exigente no Brasil e no Exterior.
Comprador compulsivo e viajante idem, ele coleciona livros, tecidos antigos, cristais de murano, objetos de arte e... amigos. Tudo isso está reunido em sua casa, numa desordem organizada pelo bom gosto e pelo olho de quem aprendeu a enxergar o que é bonito. Não exatamente o que custa mais caro. Como ele costuma dizer: “cafona é ostentar; luxo é ter tempo para ficar em casa.”

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A sala de estar reúne as coleções venezianas de murano e muitas das peças chinesas compradas em viagens. os tecidos jogados em cima dos sofás são “suzani” produzidos no Uzbequistão. Um deles era parte da cortina de uma galeria de arte em paris. A peça se acomodou perfeitamente no encosto do sofá. o quadro, no centro, é um Iberê Camargo arrematado em são paulo há quinze anos. |
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