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Titãs e Paralamas na terceira reunião em 25 anos de carreira |




AO LONGO da década de 90, Paralamas do Sucesso e Titãs uniram forças, vozes e instrumentos no palco por duas vezes. Em 2007, a terceira reunião das bandas na turnê 25 Anos de Rock foi providencial, porque ambas já amargavam quedas de vendas e popularidade. O registro do show, feito em janeiro deste ano, no Rio, confirma a química entre os grupos, que abriram as portas do mercado fonográfico para o rock brasileiro nos anos 80.
O CD e o DVD Juntos e ao Vivo têm seu charme por realmente unir os músicos em números coletivos como "Flores" e "Meu Erro". Mesmo nos solos, há troca de figurinhas. O titã Paulo Miklos, por exemplo, canta "Óculos", dos Paralamas, enquanto João Barone trava duelo de bateria com Charles Gavin em "Cabeça Dinossauro", dos Titãs. E há convidados de peso, como Andreas Kisser, cuja guitarra encorpa o medley que une "Selvagem" com "Polícia". "Lugar Nenhum" tem Arnaldo Antunes, titã desertor. Samuel Rosa põe a pulsação típica do Skank em "Lourinha Bombril", música apresentada no "set-lual", em que os músicos formam roda no palco.
No momento em que tanto Titãs quanto Paralamas preparam seus respectivos álbuns de inéditas para tentar recuperar vendas e sucesso, Juntos e ao Vivo atesta que as duas bandas ainda têm mais vigor do que os joviais grupos emos que povoam a MTV. M.F.