
Pop
Lulu
Acústico
Novo álbum traz cinco inéditas e muitos
hits de Lulu Santos
Cristian
Avello Cancino
Divulgação |
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Lulu
Santos desplugado |
Tardou,
mas não falhou. Um dos nomes de ponta do pop nacional nos anos 80,
Lulu Santos volta à tona, embalado pela maré mansa do projeto Acústico
MTV. Emerge do mergulho na onda eletro-pop que marcou seu último
CD, Calendário (1999) e desemboca na praia por onde passaram
também Titãs e Paralamas.
A
diferença é que Lulu, ao contrário dos Titãs (que são bem melhores
quando soam sujos e pesados), parece feito para o projeto. Possui
uma coleção invejável de hits na memória coletiva dos que foram
adolescentes nas últimas duas décadas, é bom letrista e sabe suingar,
como bom herdeiro de Cassiano.
Tem
tudo para vender como cerveja em dia de Fla-Flu. Ainda mais no Rio,
cidade que acolhe na maioria de suas composições, relatando as pequenas
“inquietações” que levam tanta gente de classe média ao analista.
Não à toa chamou Gabriel, o Pensador, filho de berço esplêndido,
para dividir os vocais em “Astronauta”, composta a quatro mãos.
A
balada é boa, soa quase idêntica à versão original, era presença
certa na seleção musical do CD, como também são “Tão Bem”, “Assim
Caminha a Humanidade” e tantas outras. É nisso que reside o sentido
revisionista do “Acústico”, um apanhado de velhas novidades pontuadas
por inéditas, para mostrar que a criatividade do artista revisado
não estancou no passado.
Da
novíssima safra, destaque para a candidata a hit “Janela Indiscreta”
e a provocativa “Made In Brazil”. Além dessas, há outras três inéditas,
cujas letras estão no encarte do CD. As outras letras não foram
impressas. Os produtores sabem que todos já sabem cantá-las de cor.
Museu de velhas novidades
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