
por
Vanya Fernandes
Harry
Stone
Conhecido como embaixador do cinema americano
no Brasil, o ex-diretor da Motion Picture Association no País, morreu
no Rio, aos 74 anos
Gustavo
Stephan/Ag. O Globo
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Stone,
da MPA, foi amigo de Juscelino e Collor |
Na
sexta-feira 1º, o cinema americano perdeu um de seus maiores embaixadores
no Brasil. O consultor e ex-diretor por 40 anos da distribuidora
Motion Picture Association (MPA) no Brasil, Harry Stone, morreu
aos 74 anos, vítima do Mal de Alzheimer, no Rio.
Além
de defender os interesses da indústria cinematográfica americana,
Stone foi o responsável pela vinda de estrelas hollywoodianas como
Kirk Douglas, Rita Hayworth e Ava Gardner ao Brasil, quando estavam
no auge da fama.
Stone
também ficou conhecido por reunir artistas, socialites e políticos
durante anos em badaladas e concorridas pré-estréias de filmes em
sua casa. Essas sessões eram conhecidas entre os cariocas como “o
cineminha de Harry”.
Formado
pela escola para diplomatas de Georgetown, Stone chegou ao Brasil
na década de 50 e causou antipatia e desconfiança entre os cineastas
brasileiros. Nos conturbados anos 60, o diretor baiano Glauber Rocha
chegou a chamá-lo de agente da CIA. Passada a ditadura, Stone acabou
conquistando amigos como o produtor Luiz Carlos Barreto, que o convidou
para participar do longa-metragem O que É Isso Companheiro?,
de Bruno Barreto. “Ele era um grande lobista, mas era uma pessoa
leal”, diz Luiz Carlos.
Um
bom exemplo de lobby com o poder eram os desfiles de Sete de Setembro.
Stone fazia questão de desfilar ao lado dos pracinhas, como ex-combatente
americano. Funcionava. Em 1958, o seu padrinho de casamento com
a brasileira Lúcia foi o então presidente da República, Juscelino
Kubitscheck. Em 1990, Stone desceu a rampa do Palácio do Planalto
ao lado do presidente Fernando Collor de Mello, de quem também tornou-se
amigo. “Estou sempre com o presidente. Não importa o partido”, dizia.
Stone deixou viúva e não teve filhos.
Carlos
Guilherme Eduardo Fischer,
empresário, morreu de câncer aos 61 anos, na quarta-feira
30, em sua casa no Rio.
Fischer
foi o presidente do Grupo Empresarial Fischer, que inclui entre
outras empresas a Citrosuco, líder mundial na produção de suco de
laranja. Em 1992, o empresário recebeu o prêmio Personalidade do
Ano, da Câmara Brasileiro-Americana de Comércio, por sua atuação
empresarial. Fischer deixa a viúva Maria do Rosário Fischer, quatro
filhas e seis netos.
Ron
King,
ex-ciclista, morreu aos 74 anos, em Hunter
Valley, na Austrália, na quarta-feira 30, de ataque cardíaco, logo
após completar o seu trecho conduzindo a tocha olímpica dos Jogos
de Sydney.
King
percorreu mais de dois quilômetros como voluntário e morreu dentro
do ônibus que o levaria para casa. Segundo os médicos, a morte de
King foi provocada pelo esforço e emoção. O ex-atleta era dono de
uma loja de equipamentos para ciclismo, esporte que praticou por
60 anos.
Hussein
Adbel Nasser,
ex-piloto da Força Aérea do Egito, morreu de câncer
aos 62 anos, na quarta-feira 30, no Cairo.
Nasser era irmão do ex-presidente do Egito, Gamal Adbel Nasser,
também morto. Nasser defendeu em toda a sua vida o socialismo árabe,
tornando-se uma espécie de herói nacional. Mesmo assim, nunca aventurou-se
na política. Além de piloto, também atuou na área administrativa
da empresa de aviação comercial Egypt Air.
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