
A
comilança dos tenores
Foto:
Silvia Santana
|
 |
Os
espanhóis Plácido Domingo e José Carreras e o italiano Luciano
Pavarotti (da esq. para a dir.) ficaram meia hora no jantar
vip com cardápio de Andrea Fasano |
Foi
um jantar para poucos. Dos 60 mil ingressos à venda para
a apresentação de Plácido Domingo, José
Carreras
e Luciano Pavarotti no sábado 22,
no estádio do Morumbi, em São Paulo, apenas 25 mil
foram vendidos. E menos de mil dentre esses pagantes tiveram acesso
ao bufê servido depois das mais de duas horas de show num
anexo
do estádio. Além dos vips convidados, houve quem pagasse
R$ 2 mil para ficar no chamado setor vip premium. Foram
recebidos com tapete vermelho, champanhe e capa de chuva. O valor
era também o passaporte para
o requintado cardápio criado por Andrea Fasano. O menu, claro,
era todo italiano. Ravioli de mussarela de búfala, nhoque
de espinafre, tortelli de faisão e fetuccine com molhos de
tomate, rosé, pesto e frutos do mar. De sobremesa, panaché
de fruta.
Tudo
regado a 240 garrafas de champanhe Moët & Chandon e 400
garrafas de vinho branco Chardonnay e tinto Côtes du Ventoux.
Os vips tiveram o conforto de cadeiras de plástico. Teresa
Collor, com o namorado Gustavo Halbreich, era toda elegância
no gramado. Sua bolsa prata Gucci, casaco preto Versace e vestido
Donna Karan fizeram sucesso. O show seria melhor se tivesse
sido em Alagoas sem chuva ou garoa, brincou ela. Com
o marido Adriano Facchini, a atriz Luiza Tomé confessou:
Fiquei arrepiada quando eles cantaram Aquarela do Brasil.
Quem
também adorou a porção brasileira dos tenores
foi a atriz Regiane Alves. Foi um momento único,
disse ao lado do marido, Carlos Augusto Nogueira. Mas tratamento
vip mesmo tiveram as dez crianças com câncer da Casa
José Eduardo Cavichio. Elas foram convidadas pelo tenor José
Carreras, que teve leucemia, para conhecê-lo no camarim. Você
é mesmo o José Carreras?, indagou uma delas.
Tenor e crianças ficaram juntos por 20 minutos. Já
Adriane Galisteu e Rogério Gallo saíram
à francesa. O casal nem esperou o discurso dos cantores e
nem foi ao jantar. Pouco perderam. Os tenores não gastaram
nem meia hora para saborear os pratos. Comeram e foram embora. Eles
agradeceram a hospitalidade, disse o chef Salvatore
Loi.
|