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Televisão Cansado
de ser o certinho Rosângela Honor
O cidadão Antônio de Carvalho Barbosa já perdeu a conta do número de vezes em que foi questionado sobre a longevidade de seu casamento de 31 anos com sua mulher, Lidiane. Tony Ramos está cansado de ser visto como uma “ave rara” e de ser confundido com os personagens bons moços que interpretou na tevê ao longo de 36 anos de carreira. Também se chateia de ser taxado como um sujeito “certinho e careta” e com visões politicamente corretas. “Certinho é uma ironia e não uma qualificação”, reage. Aos 51 anos, Tony, pai de dois filhos, o médico Rodrigo, 30 anos, e a advogada Andréa, 28 anos, afirma que é um homem bem resolvido e que não pretende deixar de declarar seu amor por sua família só porque o julgam careta. Na pele de um comportado viúvo dono de uma livraria, em Laços de Família, ele se diverte ao contar que até a própria Lidiane já lhe pediu para que evite falar sobre ela nas entrevistas. “Vão te chamar de careta e chato novamente”, costuma avisar. Mas ele não está nem aí. Poderia simplesmente se negar a responder sempre que é indagado sobre o assunto, mas lembra que “sua educação” não permite uma reação mais brusca. “Não tenho dúvidas sobre meu casamento, da mulher que tenho e do amor que sinto”, diz. “Por que então esconder isso?” O ator, cujos pais se separaram quando ele tinha 4 anos, comenta que por pouco não lhe perguntam quando vai se separar. Mas não quer ver seu casamento citado como exemplo de êxito nem para os próprios filhos. Quando ambos se casaram, ouviram de Tony um único conselho. “Não façam de mim e de sua mãe um espelho para vocês”, pediu. Contrário ao casamento aberto, prefere usar a palavra respeito, em vez de fidelidade, para condenar a traição. Cobiçar a mulher do próximo também não faz parte de seu vocabulário. “O bonito da vida é encontrar parceiros, e não invejar os outros”, ensina. “Aqueles que têm pensamentos menores, de desejar aquilo que não lhes pertence, vão pagar aqui mesmo.” Na verdade, Tony Ramos garante que só quer ser visto como um sujeito comum. “Sou apenas um camarada que tem dor de cabeça, unha encravada, pneuzinho, barriga e que, às vezes, faz dieta”. Mas tem suas peculiaridades. O ator gosta de um bom scotch, um bom vinho tinto, aprecia a boa culinária e adora reunir os amigos em casa. “Tenho vida boêmia sim, só que dentro de casa”, diz ele. São incontáveis as vezes em que reúne amigos em noitadas, que costumam varar a madrugada. Esses encontros, no entanto, são desfrutados somente pelos mais íntimos. Foi assim quando completou 50 anos, comemorados em agosto de 1998, e em suas bodas de prata, festejada há seis. “Eu sou assim, mas pelo amor de Deus, não estou dizendo que outros têm que ser também.” A decisão de manter sua privacidade longe da curiosidade pública foi uma decisão que ele e Lidiane tomaram há anos. Por isso, ele nunca abriu a porta de sua casa para dar entrevistas. Tony Ramos estreou num programa ao vivo chamado Novos em Foco, em 1964, na extinta Tupi. Desde então, protagonizou cerca de 40 novelas, muitas como galã. Tony acha engraçado. Afinal, nunca considerou que tivesse beleza e tipo ideal para ostentar o rótulo. “Galã, eu? Nunca me considerei com força e beleza de Apolo”, diz o ator. Sílvio de Abreu, autor de três novelas protagonizadas pelo ator – Rainha da Sucata, A Próxima Vítima e Torre de Babel – tem uma explicação. “O Tony é uma pessoa agradável às mulheres, ao sonho feminino”, diz Sílvio. Avô de Henrique, de 7 meses, Tony não atravessou crise aos 40 nem aos 50. Ele tem uma explicação. Quando aprendeu a ver as horas com a avó materna, Maria das Dores, ouviu dela que os números não tinham importância. “Na ocasião, ela me disse que a idade era só um número e que o importante na vida era caminhar.” Tony Ramos é perfeccionista e apaixonado pela profissão. Por ela, é capaz de tudo, desde que não prejudique a família. Foi assim em Torre de Babel. Começou a novela com 89 quilos e terminou com dez a menos. Em Grande Sertão Veredas, pesou 69 quilos para viver Riobaldo. Passou dois meses comendo peixe e salada, quatro tipos de fruta e muita água. Bem-humorado, ele termina a entrevista brincando. “Sei que muita gente vai ler e dizer: este cara é chato, careta e certinho mesmo”, diz. “Outros vão achar que sou um cara que diz o que pensa.” |
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