Novela
Marcas
da Paixão
Record
se arma com trama regional e boas interpretações
Paula
Alzugaray
Divulgação
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Carla
Regina e Vanessa: candidatas à estrela
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Com um time promissor de jovens atores, algumas pérolas
da velha guarda global e uma ambientação “genuinamente
brasileira”, a Rede Record tenta fazer frente à mexicanização
do concorrente SBT. Estruturada sobre um triângulo amoroso,
Marcas da Paixão (segunda a sábado, 20h15) confronta
três regiões do Brasil: o sertão da Bahia, onde nasceu
Guida (Carla Regina); a capital paulista, de onde vem
sua meia irmã Cíntia (Vanessa Lóes), e o interior de
São Paulo, onde vive Diogo (Carlos Casagrande).
Ainda
que a regionalização funcione em cenas externas caprichadas,
o sotaque paulista prevalece na trama. Deslocada do
sertão baiano, Guida conhece Cíntia e Diogo na fazenda
de Jorge Maia (Walmor Chagas), o pai ausente, morto
no primeiro capítulo. A briga das irmãs pelo mesmo homem,
apimentada pela governanta Dete (Irene Ravache) acabará
por se traduzir em uma disputa das atrizes pelo protagonismo.
Bom para o telespectador.
Carla
Regina, que surgiu em Xica da Silva, da extinta
Manchete, tem brilho próprio e pode chegar a estrela
da emissora. Além de beleza, tem equilíbrio na interpretação.
Na rolação de lágrimas dos primeiros capítulos, foi
ela quem se saiu melhor – dando um banho em Casagrande
e em Eriberto Leão, o namorado da Tiazinha. Apesar de
ter feito parte do time de roteiristas de Cassiano Gabus
Mendes em Brega e Chique e Que Rei Sou Eu?,
não vai ser desta vez que a autora Solange Castro Neves
vai exercitar seu humor. Marcas da Paixão não
está muito longe do tom melodramático da concorrente
do SBT, que na estréia levou a melhor, com média de
17 pontos no Ibope contra os 10 da Record.
Começou
bem
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