Drama
Cronicamente
Inviável
Crônica da realidade revela
o que o Brasil tem de pior
Gabriela
Mellão
Divulgação
|
|
Dan
Filip Stulbach: garçom inconformista
|
Um retrato cruel do Brasil chega aos cinemas de São
Paulo e Curitiba na sexta-feira 5 e do Rio de Janeiro
e Belo Horizonte na sexta-feira 12. De narrativa não
convencional, Cronicamente Inviável exalta a
vergonha de ser brasileiro através de um olhar irônico
que só vê desgraça. É uma afiada crítica social, temática
sempre presente nas obras do diretor paranaense Sérgio
Bianchi (Romance).
Para
o julgamento não parecer circunstancial, Bianchi utiliza-se
de trechos de vida de seis brasileiros de realidades
diferentes, que se encontram eventualmente. Alfredo
(Umberto Magnani, A Hora da Estrela), o narrador,
é um dos fios condutores da história, um professor inconformado
com a situação brasileira. Amanda (Dira Paes, Anahy
de las Missiones), a gerente de um restaurante fino
no Rio de Janeiro é quem melhor retrata o caos tupiniquim:
teve uma infância miserável, fez da ascensão social
sua obsessão e tem acessos de superioridade. Faz tráfico
de órgãos, comercializa crianças recém-nascidas e pratica
caridade com os índios. As divergências do casal Maria
Alice (Betty Gofman, Até que a Vida Nos Separe)
e Carlos (Daniel Dantas, O Pequeno Dicionário Amoroso)
também rendem boas reflexões.
Crítica
oportuna
|