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Televisão
Muito
além de um rostinho
Após brilhar em A Muralha, Regiane Alves estréia na
novela das oito e diz que é casada para evitar cantadas
Viviane
Rosalem
André
Durão
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Regiane:
“Minha mãe queria que eu fosse pediatra”
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Aos 19 anos, Regiane Alves surpreendeu os pais, o supervisor
de vendas José Lima Alves e a dona de casa Maria, com
uma guinada na vida. Estreou em 1998 como protagonista
da novela Fascinação, do SBT, e se casou com o namorado,
o publicitário Carlos Augusto Nogueira, de 28 anos.
“Seria difícil meus pais aceitarem que morássemos juntos”,
conta. Agora, ela surpreende o público. Acaba de brilhar
como Rosália em A Muralha e, em junho, estará em Laços
de Família, próxima novela das oito da Globo. “ A vi
atuando em A Muralha e percebi que não era só um rostinho
bonito”, diz Manoel Carlos, autor da novela. “Além de
talentosa, não está com a imagem gasta. É fresquinha.”
Nascida em Santo André (SP), aos 13 anos Regiane era
modelo. Com 1,55 m de altura e rosto de menina, se destacou
em revistas para adolescentes e comerciais. Aos 17,
estudante de comunicação, fez seu primeiro curso de
teatro, em São Caetano do Sul. Depois, foi para a oficina
de atores da Globo e não passou num teste para Malhação.
A reprovação não tirou seu ânimo. Logo depois, conquistou
o papel em Fascinação e atuou em Meu Pé de Laranja Lima,
na Bandeirantes. Convidada para Chiquititas e para Tiro
e Queda, da Record, abriu mão por um contrato de dois
anos na Globo. “O salário era menor, mas decidi investir”,
diz. Vera Holtz, que interpretou a mãe do personagem
de Regiane em A Muralha, impressionou-se com seu profissionalismo.
“É uma atriz linda, que emociona. Nas cenas fortes,
bastava uma olhar para a outra para começarmos a chorar”,
lembra. A atriz causa espanto quando reconhecida. “Muitos
se decepcionam quando me vêem ao vivo. Sou baixinha
e não tenho corpão.” Regiane alugou apartamento no Rio,
mas não vai se mudar de vez. O marido continua em São
Paulo. Na tevê, diz que não sofre assédio. “Digo que
sou casada e até agora ninguém me cantou”, diz. Sua
maior tiete é a mãe. “É coruja, fica deslumbrada”, diz.
“Mas queria que eu fosse pediatra.”
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