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Maria
Rita: repertório não atrapalha o
canto impressionante |
O canto de Maria Rita
É verdade que o repertório de Segundo
não é tão forte quanto o do primeiro
álbum de Maria Rita, que levava seu nome –
mesmo que tenha algumas belas canções.
Mas ela está cantando ainda melhor. Aos 28 anos,
Maria Rita se descolou um pouco mais da mãe,
Elis Regina, ganhou leveza e cantou com uma segurança
e uma versatilidade incomuns. É só reparar
em “Muito Pouco”, de Moska, e “Sobre
Todas as Coisas”, de Edu Lobo e Chico Buarque.
Revelações
Neste País de cantoras, a revelação
do ano na área foi Roberta Sá, que saiu
do programa Fama para alcançar sucesso
de crítica com sua voz suave em Braseiro.
Mas 2005 teve também Rubinho Jacobina. Integrante
da Orquestra Imperial, ele veio com o disco Rubinho
e Força Bruta, em que usa humor para fazer
música pop das boas.
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Pato
Fu voltou às origens pop em Toda Cura para
Todo Mal |
O pop maduro de Pato Fu
Toda Cura para Todo Mal, primeiro
CD do grupo mineiro desde o nascimento da filha da vocalista
Fernanda Takai e do guitarrista John Ulhoa, remete aos
primeiros trabalhos da banda, cheios de hits pop, daqueles
de cantar e bater o pé junto. Mas agora tem a maturidade
que faz aparecer o talento de John, ousado no experimentalismo
em algumas faixas.
As duas faces de Fernando
Catatau
O cearense sobressaiu como instrumentista
e compositor neste ano. Fernando Catatau tocou guitarra
nas bandas de Vanessa da Mata, Otto e do coletivo Instituto
e na faixa “Fez-se Mar”, do último
álbum do Los Hermanos. E ainda gravou seu rock
psicodélico misturado a música nordestina
com questionamentos sobre preconceitos no seu interessante
CD, Cidadão Instigado e o Método Túfo
de Experiências.
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