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“Miss
Cuba”, trabalho cedido
pelo Museu Bispo do Rosário,
do Rio, para a mostra
Ordenação e Vertigem |
Mesmo
apontando para a proximidade dos bordados e das coleções
de objetos de Arthur Bispo do Rosário com movimentos
artísticos como o dadaísmo, o surrealismo ou
a arte conceitual, não é para o século
20 que a exposição Ordenação
e Vertigem está olhando. A mostra,
a partir de sábado 2 no CCBB/SP, quer revelar os laços
que ligam a obra de Bispo produziu ao longo
de 40 anos de internação em hospitais psiquiátricos
aos traba-
lhos que artistas plásticos, fotógrafos, músicos
e dançarinos produzem hoje no Brasil.
O legado de Bispo será mostrado em 50 obras. “Pedimos
aos curadores e artistas que trabalhem com apropriações
poéticas da obra do Bispo”, diz a curadora-geral
Jane de Almeida. Alguns artistas, entre eles, Márcia
Xavier e Penna Prearo, produziram obras inéditas
para a exposição. Outros, como Lia Chaia e
Sandra Cinto, tiveram produções recentes relacionadas
a diferentes aspectos da obra de Bispo. O curador do segmento
musical da mostra, Arrigo Barnabé, realizou
uma nova peça musical. “O misticismo cristão
e a questão meditativa dos bordados me levou à
composição de uma missa”, diz.
Nelson Leirner enfrentou a grande dificuldade das mostras
multidisciplinares de relacionar seus segmentos e produziu
uma instalação “Olho no Olho”
para interagir com a obra de György Ligeti, “Poema
Sinfônico para 100 Metrônomos”.
Laços e afinidades
CCBB/SP
– rua Álvares Penteado, 112,
tel. (11) 3113-3651. De 2/8 a 12/10.
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