Cinema - Comédia
Austin
Powers - Um Agente “Bond” Cama
Mike Myers, Heather Graham, Rob Lowe
Ramiro
Zwetsch
Prepare-se
para gargalhar. O tão badalado Austin Powers - Um Agente
Bond Cama desembarca no Brasil com números
significativos na bagagem: já rendeu US$ 210 milhões,
o que representa a segunda maior bilheteria do ano nos Estados
Unidos, só perdendo para Star Wars - A Ameaça
Fantasma. Tudo graças ao ator Mike Myers, uma revelação
dos estúdios de Hollywood, que contracena consigo mesmo
- interpretando ao mesmo tempo o bandido e o mocinho -, além
de assinar o roteiro e a produção do filme.
Sem falar na criação e caracterização
do personagem Austin Powers, que também ficou a cargo
de seu cérebro borbulhante.
Powers
é um espião fanfarrão, meio tarado, que
transpira saudosismo. No primeiro filme, ele é congelado
nos anos 60 e desperta nos 90, trazendo consigo toda a energia
hippie para o mundo contemporâneo. Agora, ele volta
ao passado a bordo de uma máquina do tempo - um fusca
psicodélico - para recuperar algo de muito valioso
que lhe foi roubado: seu apetite sexual.
Acompanhado
da sensualíssima agente secreta Felicity (Heather Graham,
a patinadora de Boogie Nights), Powers corre atrás
de Dr. Evil, suposto responsável pelo furto.
Em Austin
Powers - Um Agente Bond Cama, tudo é possível:
viajar no tempo, tomar tiro à queima-roupa e não
morrer, morar dentro de um vulcão. E a graça
do filme está justamente aí, no humor sem compromisso
com o real e o factível. Mike Myers é um ator
com inesgotável potencial cômico e suas piadas
atingem o público em cheio. Única ressalva ao
exagero no apelo sexual, que, embora divertido, chega a cansar
- como em uma cena, de quase dois minutos, em que se descarregam
inúmeros sinônimos para a palavra pênis.
Além
de todos os méritos, Austin Powers vale pela trilha
sonora. Que outro filme proporciona a chance de ouvir The
Who, Marvin Gaye, Lenny Kravitz, Quincy Jones - e muitos,
muitíssimos outros - em menos de duas horas?
Bom divertimento
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