Foco
Mundo
das novelas
Record
e SBT adotam estratégias diferentes para encarar a Rede Globo
na teledramaturgia
FOTO:
Pierre Merimée

|
Enquanto
o SBT ri à toa com o sucesso da novela mexicana A Usurpadora
- audiência de 20 pontos -, a Record aposta novas fichas na
sua teledramaturgia. Depois de Louca Paixão, começa
Tiro e Queda, estréia do último dia 13 (no mesmo horário
das 20h10), que mistura comédia com gênero policial à maneira
de Agatha Christie. No elenco, Lucinha Lins, Cláudio Mamberti,
John Herbert e Mylla Christie, entre outros.
É interessante
notar os caminhos que as duas únicas concorrentes da Globo
estão trilhando quando o assunto é telenovela. Para se manter
no patamar de 11 pontos de audiência, a Record vem pagando
bem aos ex-globais e gastando R$ 40 mil por capítulo.
Já o SBT encontrou
uma saída mais eficiente: compra novelas estrangeiras a preço
de banana ou se associa a produtores de fora, como é o caso
da infanto-juvenil Chiquititas, sucesso há quatro anos.
Nos dois casos, o resultado é fantástico. A tevê mexicana
Televisa vende A Usurpadora para o SBT por, no máximo,
R$ 4 mil o capítulo e a audiência é quase a mesma que a Globo
consegue com sua novela das 18h, Força de Um Desejo
(média de 23 pontos e R$ 100 mil o capítulo).
Está explicado
por que Silvio Santos não tem planos de reativar seu núcleo
de teledramaturgia nem de desengavetar a brasileira inédita
Direito de Nascer. Está nas mãos da Record manter a
resistência na produção de novelas brasileiras fora dos domínios
da Globo. Tiro e Queda está no ar para cumprir seu
papel. (L.A.)
|