Exposição
Mostra
Rio Gravura
Cinco séculos de arte são expostos
em 70 mostras distribuídas por 45 locais num mega-evento no
Rio de Janeiro
Ligia
Canongia
Ele
era filho de um ourives húngaro, que se mudara para Nuremberg
para tentar fortuna, no final da Idade Média. Cedo manifestou
o dom da arte e, depois de estudos na Itália, tornou-se um
gravador notável e um dos maiores artistas da alta Renascença
alemã. Albrecht Dürer, um dos primeiros grandes gênios da
xilogravura, ficou famoso por suas imagens do apocalipse,
com visões fantásticas e demoníacas. Com 120 gravuras expostas,
ele é um dos destaques da Mostra Rio Gravura, em cartaz no
Rio de Janeiro até outubro. Cinco séculos de arte, em 70 exposições
distribuídas por 45 locais, são os números deste mega-evento.
Com curadoria de Rubem Grillo, a gravura é tratada como um
dos meios mais nobres e perenes da história da arte, da Antigüidade
até os dias de hoje. Ocidente e oriente, antigos e modernos,
eruditos e populares unem-se nesse grande painel de mestres
de todos os tempos.
De Mantegna
a Rembrandt, de Goya a Picasso, passando por Daumier, Miró,
Matisse e tantos mais, faz-se um percurso histórico fabuloso
dos movimentos artísticos europeus. O Brasil, em riquíssimo
panorama, expõe o modernismo de artistas como Oswaldo Goeldi,
Lasar Segall e Alfredo Volpi. No segmento da gravura brasileira
dos anos 50 e 60, destaque para as monotipias de Flávio Shiró,
a obra gráfica de Iberê Camargo e de Dionísio del Santo.
Ao lado
de eventos internacionais, como a tradicional Trienal de Cracóvia,
pode-se ver xilogravuras japonesas, iconografia científica
e a produção de cordel. A arte contemporânea, por sua vez,
aparece em obras de americanos e franceses, com ênfase em
Chuck Close, o pop Jim Dine e o minimalista Sol Lewitt. Também
nesse segmento, os brasileiros brilham com trabalhos que vão
de Regina Silveira a Tunga.
O mundo em gravuras
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