Música
Belas
e Feras
Vânia
Bastos faz homenagem às mulheres no novo disco
Gabriela
Mellão
Vânia
Bastos faz um manifesto feminista em seu oitavo CD, Belas
e Feras. O repertório reúne um time forte de
compositoras, que vai de Chiquinha Gonzaga a Adriana Calcanhoto.
Mesmo a única exceção, "Ternura",
versão de Rossini Pinto para "Today", de
Estelle Levitt e Kenny Karen, remete a uma cantora: Wanderléa,
que de tanto cantá-la acabou ganhando o apelido de
Ternurinha. A versão de Vânia Bastos para a música
é uma homenagem à voz feminina da velha guarda,
"a minha primeira paixão por uma cantora",
diz.
As mulheres do CD só poderiam ter criado um disco de
extrema delicadeza e muitas histórias de amor. Rita
Lee, Marina Lima, Fátima Guedes, Baby do Brasil, Ângela
Ro Ro, Daniela Mercury, Anastácia e Yvone Lara também
estão muito bem representadas no disco, em estilos
que variam do rock ao forró e arranjos que passeiam
entre o popular e o erudito ù usando de sofisticadas
orquestras de cordas ao velho e bom cavaquinho. Belas e Feras
é mais uma aventura temática da cantora paulista
que completa 20 anos de música e 11 de carreira-solo
- começou em 1980 ao lado de Arrigo Barnabé,
no show e disco Clara Crocodilo. Antes de se inspirar nas
mulheres, a cantora já havia homenageado os grandes
maestros e arranjadores brasileiros em Cantando Caetano (1992),
Canções de Tom Jobim (1995) e Diversões
Não Eletrônicas (1997).
Belas e Feras
Vânia
Bastos (PlayArte)
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