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Perícia comprova que hacker lesou pelo menos três bancos

Terça, 09 de julho de 2002, 16h47

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O Instituto de Criminalística mostrou hoje à tarde o laudo sobre a perícia técnica feita no computador do estudante Guilherme Amorim, acusado de ser hacker. De acordo com o delegado Reinaldo Amaral Martins Filho, o perito do Instituto de Criminalista Maurílio Rodrigues Ferreira, a perita Marta Dias de Oliveira e o agente de perícia Hedyl Marcos Benzi Filho, o laudo tem 219 páginas e constata o envolvimento de Guilherme com o desvio de dinheiro não somente do Itaú.

De acordo com o laudo do Instituto de Criminalística, que analisou desde o dia 26 de junho o computador do hacker Guilherme Amorim, mais de três bancos foram lesados pelo rapaz (e não somente o Itaú, como se pensava até então). Em uma das agências, Guilherme teria desviado dinheiro de pelo menos 50 clientes, segundo informou o delegado Reinaldo Amaral Martins Filho.

Foram apreendidos com Guilherme, juntamente com seu computador, R$ 2,1 mil em notas de R$ 50, dois celulares e dois carregadores.

O laudo também constatou que Guilherme Amorim tinha total controle sobre todas as contas e transações bancárias. De acordo com o delegado, a polícia vai investigar todas as pessoas e contas envolvidas, para saber qual é a verdadeira relação delas com o hacker. "A polícia vai pedir a quebra do sigilo bancário de todas as contas envolvidas no caso", confirmou o delegado.

Segundo o perito do Instituto de Criminalística, Maurílio Rodrigues Ferreira, os arquivos do computador de Guilherme mostram como as contas eram roubadas, o conteúdo das conversas, os bate-papos via Internet e todas as transferências de dinheiro. "O hacker dividia em ordem suas vítimas, por exemplo, transferência 1, agência 1 nº 0310, conta ddddac, senha do cartão e senha eletrônica", disse o perito.

Campo Grande News/Redação Terra

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