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Um novo jeito de ver TV

Sexta, 12 de abril de 2002, 14h22

Cena do cotidiano. Em casa, uma pessoa liga o televisor para assistir seu programa preferido e se lembra de que não verificou o saldo bancário. Dá um clique no controle remoto, acessa o banco e confere a conta bancária pela televisão sem perder seu programa, que continua visível na tela. Sente fome e resolve pedir uma pizza. Um outro clique no controle remoto e entra em contato com a pizzaria. Faz o pedido, paga com o cartão de crédito e não perde uma cena da programação. Durante o intervalo, um anúncio de automóvel chama a atenção. Um botão visível na tela convida a "entrar" no comercial. Dá outro clique no controle remoto e, em poucos segundos, domina o que acontece na tela. Troca a cor do carro, solicita informações detalhadas, confere o painel, a velocidade, o consumo de combustível, o preço e, se quiser, pode até decidir pela compra do veículo. Tudo sem sair do conforto do sofá e sem perder de vista a programação.

Além disso, pode interagir com o apresentador do programa que estiver acompanhando, opinar sobre o estilo ou sobre o que ele estiver apresentando. Caso canse do que está vendo poderá entrar no "menu" da emissora e escolher um filme ou outro programa qualquer. Essa comodidade, este novo jeito de ver televisão, já é possível graças à TV interativa ou iTV ("Interactive Television"), uma realidade na Europa que dá seus primeiros passos no Brasil e acaba de chegar a Buenos Aires.

Os atores envolvidos na instalação desta nova indústria televisiva não falam em valores, mas só para se ter uma idéia, a empresa paulista Z-3 recebeu cerca de US$ 500 mil para desenvolver o projeto de comunicação da iTV da TV Cabo Portugal.

Nos últimos anos a indústria de TV por assinatura vem investindo bilhões de dólares e recrutando milhares de pessoas no desenvolvimento de uma TV interativa e funcional. Ela é um fenômeno global e já está disponível nos EUA, França, Inglaterra, Itália, Portugal, China, Hong Kong e Austrália. Em todo mundo já existem mais de 23 milhões de decodificadores de acesso a sistemas interativos pelo sistema OpnTV.

Na metade da década de 90, as operadoras em plataforma DTH (Direct to Home) - sistema que utiliza satélites de comunicação localizados a 36 mil quilômetros de altitude - começaram a desenvolver aplicativos para oferecer serviços como guias eletrônicos de programação e serviços interativos avançados.

A indústria de software teve papel decisivo, criando sistemas e aplicativos que são instalados em diversas fases da operação, das centrais de distribuição aos decodificadores instalados nas residências (middleware). Graças a estes esforços, em meados de 1997 as operadoras lançaram a "Enhanced TV", recurso que permite a escolha do ângulo da imagem, ou o acesso a informações adicionais sobre o programa, como estatísticas de jogos, sinopses e detalhes do evento. Em seguida começaram a adicionar páginas ou "Virtual Channels", projetados na plataforma de tecnologia baseada em HTML, usada na Internet.

A interatividade só existe em ambiente digital e as TVs por assinatura do Brasil, que usam o sistema DHT, já oferecem o serviço. Rosamélia Girão, gerente de TV interativa e de desenvolvimento de projetos da Sky em São Paulo, explica que, ao contrário de outros sistemas de distribuição, que precisam ser construídos e necessitam de uma rede física local, o DTH, por utilizar satélite, chega a qualquer lugar do país. A tendência, diz ela, é que a TV aberta seja interativa por intermédio das TVs por assinatura, como já ocorre com alguns programas.

Na Inglaterra, entre 1998 e 1999, quando a BSky-B mudou do padrão analógico para o digital e optou pela plataforma digital interativa DHT (Direct to Home), a empresa passou a investir no desenvolvimento de produtos e serviços interativos. Rosamélia diz que hoje a operadora é verticalmente integrada, ou seja, produz, vende e distribui os programas e que os canais de maior audiência interativa são aqueles que utilizam programas da BSky-B. Em outubro do ano passado, diz ela, a operadora contava com 3,6 milhões de assinantes interativos. "A BSky-B foi a primeira a lançar a plataforma e também o produto numa escala tão grande. Hoje, temos 6 milhões de assinantes e somos a operadora com mais experiência em interatividade no mundo."

Rosamélia conta que, em 2000, a BSky-B começou a fazer os lançamentos testando formatos e o uso da tecnologia. "O difícil para nós é que não havia, e ainda não há, referência. Portanto, tudo o que fazemos é uma curva de aprendizado. Temos de descobrir sozinhos para onde vamos seguir." Ela diz que a interatividade na programação esportiva é um sucesso, tendo iniciado com o futebol, depois com o cricket e agora até o golfe é interativo.

O formato, segundo ela, evolui a cada três meses. Na transmissão esportiva já é possível fazer a escolha do áudio entre a narração oficial ou a narração de um torcedor de cada time. O sistema permite que o espectador fique ouvindo até dois torcedores ao mesmo tempo. Além disso pode fazer apostas durante o jogo, conferir estatísticas, escolher imagens exclusivas em câmeras alternativas. Existe também área de chat, uma sala onde várias pessoas podem trocar opiniões sobre os lances. É o telespectador quem seleciona quem entra na sala para discutir o que ocorre durante o jogo.

Em Portugal, a TV Cabo, da Portugal Telecom, oferece serviços e programas interativos a milhares de pessoas desde junho do ano passado. A iTV da TV Cabo Portugal tem o primeiro serviço interativo mundial sobre uma plataforma de rede de cabo de banda larga, utilizando o software Microsoft TV Advanced. O serviço inédito surge em parceria com a Microsoft TV e a Novabase/Octal TV. Também participou do projeto a empresa paulista Z-3, comandada por Patrícia Peck e Alejandro Benchimol. "Nossa agência fez todo o projeto de iTV da TV Cabo em termos de comunicação visual. Construímos uma estratégia de iTV associada ao comportamento do zapeador, que é diferente da atitude do usuário de computador navegando na Internet", diz Patrícia. Segundo ela, com o zap, a navegação é horizontal, enquanto na web é vertical.

Pedro Mota Carmo, diretor de comunicação e imagem da TV Cabo Portugal, diz que quando foi lançada a iTV, em junho do ano passado, todas as TVs abertas do país já estavam prontas para oferecer a interatividade. Pela TV Cabo já estão disponíveis vários serviços interativos. O assinante pode escolher os programas, colocar um mordomo à sua disposição (comprar pizza, ingresso de cinema, teatro, shows, bebidas, flores, podendo efetuar o pagamento pela TV), ir às compras em supermercados, ir ao banco, navegar na Internet e enviar mensagens eletrônicas, ler o jornal interativo e participar de programas interagindo com outros telespectadores. Tudo sem sair da frente da televisão.

InvestNews - Gazeta Mercantil

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