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Instituto busca melhoria da matemática no Brasil

Terça, 09 de abril de 2002, 10h42
A matemática no Brasil vive um paradoxo. Enquanto alunos do ensino fundamental e médio têm péssimo desempenho na disciplina, as pesquisas voltadas à área vão muito bem, obrigado. Jacob Palis, diretor do Instituto de Matemática Pura e Aplicada - IMPA, acredita que a discrepância está relacionada à má formação dos professores de ensino médio e aos seus baixos salários. Enquanto isso, os brasileiros ocupam uma boa posição no ranking da União Internacional de Matemática - UIM. Único país latino-americano a ter colocação na instituição, o Brasil está ao lado de Hungria, Polônia, Bélgica, Austrália, China e Índia.

Para tentar resolver esta situação, o IMPA coordena a rede de pesquisa Institutos do Milênio: Avanço Global da Matemática Brasileira. Também fazem parte do projeto instituições como o Laboratório Nacional de Computação Científica, CPTEC/INPE, as universidades federais de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Fluminense, Minas Gerais e São Carlos, a USP, a USP de São Carlos, a Unicamp e a PUC do Rio.

O projeto, que integra uma comissão científica internacional, visa a promover o avanço da pesquisa matemática e suas aplicações, ampliar a formação de novos pesquisadores, o intercâmbio científico, o número dos centros de competência matemática no país e a melhoria do ensino de matemática em todos os níveis.

Além de integrar os principais cientistas do país na área, a rede tem a cooperação de especialistas internacionais. Entre eles, cinco ganhadores da Medalha Fields, o mais importante prêmio internacional de matemática.

Ensino à distância
O IMPA tem ampla experiência em treinamento e reciclagem de professores. Há doze anos, uma equipe coordenada pelo professor Elon Lages Lima realiza treinamento para professores de matemática do ensino médio no Rio de Janeiro. Em janeiro de 2002, o Instituto do Milênio em Matemática foi responsável pela retransmissão do curso pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP) para cinco outros centros: as universidades federais do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, de Pernambuco e do Ceará, além da Universidade de Campinas (Unicamp).

Emerson Lopes Silva

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