Vírus de macro traz protesto contra o governo de Cuba
Quinta, 11 de outubro de 2001, 11h04
A Sophos lançou um alerta sobre um vírus de macro batizado de WM97/Blowup-A, que lança impropérios contra o governo de Cuba e Fidel Castro. O vírus contém um arquivo compactado de nome info.zip que, quando aberto, libera uma página HTML com uma significativa quantidade de texto em espanhol atacando o governo daquele país. O texto começa com o título de "Denuncia al gobierno de Cuba".O vírus também muda várias configurações no Word. O nome de usuário passa a ser “Halix”, suas iniciais, “HAL”, e seu endereço é modificado para a frase "Abajo Fidel Castro Ruz". Se o usuário do micro infectado pressionar as teclas ALT e F11 simultaneamente (usadas para alternar a janela entre o Word e o editor de Visual Basic), uma falsa mensagem de erro, com o título "Micro$oft Word 8.0, é exibida, conforme a figura abaixo: O arquivo info.zip é descarregado na raiz do drive C: , com o nome info.uue. Esta é a extensão de arquivos uuencode, formato que faz a interpretação de códigos binários para ASCII, sendo por isso aceito por quase todos os programas de e-mail. Um software descompactador muito popular que abre arquivos .uue, é o WinZip. O Blowup-A está sendo considerado de baixo risco. Os vírus de macro são bastante antigos e ainda estão entre os mais comuns. Face a pragas mais sofisticadas, como worms com rotinas próprias de envio de mensagens (como o SirCam), ou que exploram diversas vulnerabilidades de produtos da Microsoft ao mesmo tempo (como o Nimda), estes vírus ficaram em segundo plano. As macros, no entanto, são capazes de executar inúmeras tarefas no sistema operacional — e falhas no Word, Excel e PowerPoint, recentemente descobertas, podem dar um novo fôlego a vírus que as utilizam. Se associadas a trojans, as macros escritas para explorar tais falhas podem abrir as portas de uma máquina a virtualmente qualquer tipo de ação externa.
Giordani Rodrigues
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